As vendas no varejo brasileiro subiram 1,1% em agosto sobre julho, maior avanço em um ano e acima do esperado, em meio ao cenário de fraqueza da atividade econômica.
Na comparação com agosto de 2013, no entanto, as vendas varejistas recuaram 1,1%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
O número mensal de agosto é o maior desde julho de 2013, quando as vendas cresceram 2,6%, e ainda ficou acima da expectativa de alta de 0,75% em pesquisa da Reuters.
O IBGE informou que o volume de vendas em sete das oito atividades pesquisadas no varejo restrito subiram em agosto na comparação mensal, com destaque para os segmentos Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,5%) e Tecidos, vestuários e calçados (3,2%).
O único recuo foi registrado por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, de 0,1% no período.
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo teve alta de 1,3% em agosto sobre o mês anterior, com avanço de 5,2% na base anual.
Já o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, caiu 0,4% em agosto sobre o mês anterior, pressionado pela queda de 2,5% de Veículos e motos, partes e peças no período.
O setor varejista brasileiro enfrenta um cenário de confiança do consumidor debilitada e fraca atividade, temas em destaque da disputa presidencial entre a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e o candidato do PSDB, Aécio Neves.
A fraqueza das vendas no varejo foi um dos fatores que levaram o País a entrar em recessão no primeiro semestre. Economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central veem crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,28% neste ano, bem abaixo dos 2,5% vistos em 2013.
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