Em missão pela América Latina, o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Yi, firmou com o governo de Nicolás Maduro o compromisso de aumentar os investimentos no setor de petróleo da Venezuela – um dos maiores produtores mundiais, e caminhar no sentido de se tornar o maior comprador de óleo daquele país. Segundo Maduro, a intenção é vender à China mais de 1 milhão de barris por dia.
No ano passado, os chineses importaram 626 mil barris de petróleo venezuelano por dia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que compraram 800 mil barris. Ao contrário das relações diplomáticas tensas entre Caracas e Washington, o governo venezuelano considera a China como um parceiro. Em setembro do ano passado, quando Maduro visitou Pequim pela primeira vez, o governo chinês prometeu investir mais de US$ 20 bilhões em petróleo e cooperação social.
"Vamos juntos numa grande aliança estratégica, civilizacional, humana e além disso procuramos dois objetivos: a multipolaridade e a integração econômica", disse Maduro ao fim do encontro com Wang Yi, na noite de segunda-feira. Segundo ele, o modelo de cooperação entre os dois países "demonstrou o sucesso de um novo tipo de relação que se baseie não no saque econômico dos países e na subordinação a condições leoninas".
Antes da Venezuela, Wang Yi esteve em Cuba, onde começou a missão latino-americana. Hoje, o ministro chinês está na Argentina e à noite se encontra com a presidenta Cristina Kirchner. Na sexta-feira (25), terá encontros de trabalho em Brasília, durante 1ª Sessão do Diálogo Estratégico Global, em nível de chanceleres. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil.
Com informações da Agência Lusa