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Verba de 2013 sustenta alta de investimentos no 1º semestre

Restos a pagar gastos no primeiro semestre somaram R$ 32,671 bilhões, valor 23,3% maior que o executado nos seis primeiros meses do ano passado

10 ago 2014 - 15h26

O nível recorde dos investimentos federais em 2014 está sendo sustentado por verbas de anos anteriores. Segundo números do Tesouro Nacional, os restos a pagar gastos no primeiro semestre somaram R$ 32,671 bilhões, valor 23,3% maior que os R$ 26,498 bilhões executados nos seis primeiros meses do ano passado.

Após cinco planos fracassados, Real entrou em circulação no dia 1º de julho de 1994
Após cinco planos fracassados, Real entrou em circulação no dia 1º de julho de 1994
Foto: BBC Brasil

No primeiro semestre, os investimentos federais – que englobam as obras públicas e a compra de equipamentos – totalizaram R$ 40,362 bilhões, crescimento de 21,7% em relação ao gasto no mesmo período de 2013 (R$ 33,167 bilhões). Esse desempenho, no entanto, tem sido sustentado pelos restos a pagar.

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Historicamente, os restos a pagar sustentam os investimentos da União. De um ano para outro, a proporção praticamente não mudou. Nos seis primeiros meses de 2013, as verbas de anos anteriores representaram 79,9% dos investimentos. Em 2014, a participação subiu um ponto percentual, para 80,9%.

Os restos a pagar são verbas empenhadas em um ano que só são gastas em anos posteriores. Desde a segunda metade da década de 90, o governo tem procurado postergar gastos de um ano para outro para contigenciar parte do orçamento e cumprir as metas de economia de despesas para pagar os juros da dívida pública, chamada de superávit primário.

A execução orçamentária dos Poderes Públicos cumprem três etapas. No empenho, o gasto é autorizado. Na liberação, o governo verifica se o bem foi comprado ou se o serviço prometido foi cumprido. Na execução, última etapa do gasto público, a despesa ocorre de fato. Somente após a execução, o gasto entra no cálculo do resultado primário do governo.

Para ser incluído nos restos a pagar, o gasto precisa ter sido pelo menos empenhado, o que costuma ocorrer próximo do fim do ano. Caso tenha passado pela fase de liberação, o resto a pagar é chamado de processado. As verbas empenhadas, mas não liberadas, são chamadas de restos a pagar não processados.

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Agência Brasil
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