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Vídeo: Entenda como Open Finance pode ajudar alguém endividado

Ao contrário do que se imagina, compartihar suas informações pode ajudar com seu banco

27 out 2022 - 09h03
Entenda como Open Finance pode ajudar alguém endividado
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Muito tem se falado sobre Open Finance, no entanto, pela falta de uma informação mais adequada, ainda tem gente que acha que isso não é seguro. Pior: tem muito endividado que acha que compartilhando suas informações sua situação pode piorar. Mas acontece exatamente o contrário.

O Open Finance funciona assim: você tem conta nos bancos A e B. Através do app, você autoriza que um compartilhe suas informaçõs bancárias com o outro. Esse compartilhamento você pode interromper a hora que quiser.

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Isso permite, por exemplo, que o banco A ofereça crédito e produtos novos baseado em sua movimentação no banco B. Já tem até banco permitindo que você use o banco A para fazer um Pix com o saldo que você tem o banco B.

“Essa nova fase implementada pela instituição financeira mostra que as instituições financeiras começaram a criar produtos atrativos usando o Open Finance”, diz Juan Ferrés, CEO da Teros, empresa de inteligência de dados e tecnologia. “Nós acreditamos que esse movimento de lançamento de novos usos se torne cada vez mais comum entre as corporações e entre as fintechs, financeiras, mas que se espalhe para o varejo, para os back offices das empresas, para o setor de investimentos e de seguros. Há muitas iniciativas em curso, que devem mudar a percepção do consumidor sobre o benefício do compartilhamento no Open Finance.” 

A preocupação dos endividados

Para os endividados, pode ser a oportunidade de ter crédito novo. É um erro achar que o banco A saberá de sua dívida com o banco B. Isso ele já sabe ― especialmente se o nome está no Serasa. A diferença é que com o Open Finance você compartilha também seu bom histórico, não apenas aquele que é ruim.

“A informação mais fácil de ‘comprar’ no mercado é se a pessoa já ficou devedora alguma vez. Assim, as instituições ‘ficam no escuro’ ao calcular o risco do empréstimo, usando muitas vezes informação da própria base histórica para definir o risco do não pagamento, que podem estar enviesadas por uma seleção ruim da carteira, e acabam oferecendo juros mais altos do que poderiam”, explica Lígia Novazzi, COO e sócia da Teros.

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Foto: Adobe Stock / Montagem Homework

“Com o Open Finance, as instituições terão mais informação e assim poderão aumentar tanto a base quanto a qualidade da oferta de crédito, contribuindo para que as famílias consigam melhorar e até mesmo reduzir seu endividamento. Além disso, com a capacidade de obter informação de qualidade ― hoje restrita a grandes instituições ―, mais players se tornaram competitivos no mercado, contribuindo para o aumento da concorrência e consequentemente a oferta de juros mais baixos.”

Lígia finaliza: “Esperamos que o Open Finance traga benefícios significativos para as famílias brasileiras. Isso porque as instituições financeiras, fintechs e cooperativas de crédito oferecem crédito e definem taxas conforme a capacidade do indivíduo de pagar. O que acontece hoje no mercado é que as instituições guardam para si as informações dos bons pagadores.”

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