A Vivo apresentou seus resultados financeiros no segundo trimestre de 2023, apontando lucro líquido de R$ 1,1 bilhão - expressivo aumento de 47,2%. A receita total no trimestre alcança R$ 12,7 bilhões, com crescimento de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado do ano, o valor é de R$ 2,0 bilhões, com alta de 28,9%.
“Tivemos um segundo trimestre que reflete bem a nossa estratégia muito focada em disponibilizar a melhor oferta aos nossos consumidores - pessoa física ou empresa -, e complementada com nosso portfólio de serviços de ecossistema digital”, ressaltou Christian Gebara, presidente da Vivo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 26.
Segundo o CEO da empresa, o aumento da receita para este período do ano foi influenciado diretamente pelo forte desempenho da operação móvel, fibra e serviços digitais, que compõem os negócios core da companhia e representam hoje 94% da receita total. Somadas, essas linhas de negócios apresentam uma receita trimestral de R$ 11,9 bilhões, com avanço de 9,9%.
“Em um trimestre novamente de resultados robustos, aumentamos o nosso lucro em 47,2% a partir da expansão da operação móvel, da fibra e com uma oferta ampla de serviços digitais”, destaca Gebara. “Mantemos nossa visão de longo prazo quanto às oportunidades que a transformação digital pode gerar no Brasil. Somente nos seis primeiros meses do ano, nossos investimentos já somam R$ 4 bilhões”.
No segundo trimestre do ano, a base de clientes da Vivo chegou a 112 milhões de acessos, sendo 98 milhões da rede móvel, e os investimentos atingiram R$ 2,3 bilhões no período, sendo direcionados para a rede móvel, com destaque para a ativação do 5G, presente em 112 cidades, e para a expansão da rede de fibra.
Cenário econômico
Christian Gebara também ressaltou o impacto positivo da melhora do cenário econômico brasileiro. A empresa aposta que, nos próximos meses, seguirá a tendência de queda da inflação e dos juros, contribuindo ainda mais para a economia.
“A inflação vem mais baixa do que nos últimos meses, mas eu acho que a performance comercial também é resultado de uma consequência de mais fatores. Existe a tendência de queda de juros, que cria um ânimo maior para as empresas investirem e contratarem, gerando aumento de consumo. Mas o desempenho desse semestre é uma combinação dessa estratégia de levar a melhor conexão e expandir a Fibra e Móvel, e oferecendo uma série de serviços que faz com que a gente consiga atrair mais clientes”, acrescenta.
Gebara também mencionou o dólar mais baixo, que contribuiu para a venda de smartphones, impactando a receita da empresa, e também citou sinalizações positivas que ocorreram no período, como a proposta do novo arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados. “Isso gera um ambiente mais positivo para evolução dos negócios”, destacou.
Diversidade
O investimento para aumentar a diversidade na empresa, e contribuir para as questões sociais do País, também trouxe resultados expressivos no segundo trimestre do ano. A empresa lançou o Programa Jovem Aprendiz 2023 que incluiu critérios de diversidade na seleção das mais de 230 vagas, sendo metade delas destinadas às pessoas negras e sem limite de idade para aquelas com deficiência.
Internamente, a Vivo conta com 8,5% de colaboradores autodeclarados LGBT+ e 41,2% de pessoas negras, números que surgiram após a realização de um censo, como detalhou Gebara. “Isso mostra que nossos programas de contratação estão funcionando. Temos um ambiente de inclusão que permite que nossos funcionários se sintam livres para declarar o que são. O número de 8,5% de colaboradores autodeclarados LGBT+ é muito positivo, raramente você vê empresas com essa participação”. O presidente da Vivo também destacou o patrocínio da empresa, pelo segundo ano, na Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, junto ao Terra.
“Nós temos vagas afirmativas para mulheres, PCDs, pessoas negras, LGBT+ e fazemos debates internos sobre essa temática para preparar nossos colaboradores para a inclusão dentro da empresa”, completa Gebara.
Outro ponto de destaque para o período é a atuação pautada por critérios ESG. No trimestre, a Vivo ampliou o portfólio de produtos e serviços direcionados às empresas, com o selo Eco Smart, evidenciando o benefício ambiental das soluções ofertadas, além do programa Vivo Recicle – iniciativa que promove o consumo consciente e a economia circular junto aos consumidores por meio da reciclagem do lixo eletrônico – que acumula, desde janeiro, cerca de seis toneladas de resíduos reciclados. Já em energia, o Programa de Geração Distribuída da companhia diversifica a matriz energética de fontes renováveis, encerrando o trimestre com 59 usinas de fontes solar, hídrica e de biogás.
Ecossistema digital
Ainda neste período, foi inaugurada a Casa Vivo, espaço de automação para projetos de casa inteligente, com a venda de dispositivos tradicionais e inusitados: de forno e geladeira a drones, de balança de bioimpedância a lâmpadas, e até alimentadores inteligentes para pets.
Já no segmento financeiro, a empresa fortaleceu o Vivo Money – serviço de empréstimo pessoal – acumulando uma carteira de R$ 275 milhões em junho, um aumento de 3,6 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior.
Dentro da estratégia digital e de inovação, o fundo de Corporate Venture Capital – o Vivo Ventures – realizou um aporte de US$ 3 milhões na Digibee, startup que atua na integração entre sistemas tecnológicos legados e novas tecnologias.
Já o segmento corporativo, representado pela Vivo Empresas, segue crescendo, com um ecossistema de soluções digitais - composto por serviços de cloud, cibersegurança, IoT, big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI -, registrando faturamento de R$ 800 milhões, um crescimento anual de 24,2%.