Tubulações de esgoto atravessam o subterrâneo e são parte essencial da infraestrutura de grandes cidades na Índia.
Manter essas linhas sem entupimentos é um trabalho duro e desagradável, mas também perigoso, porque trabalhadores exercem essas tarefas em contratos precários e sem equipamentos de segurança.
Binod Lahot limpa os esgotos em Mumbai, na Índia, e ganha menos de US$ 5 (R$ 18) por dia para isso.
Ele diz não ter escolha. "Se não trabalhar o que vou comer? Sinto nojo, mas tenho que deixar esses pensamentos em casa."
Há cerca de 6.000 trabalhadores como Binod apenas em Mumbai.
E você ainda acha que tem um trabalho duro?
Em todo o país, estima-se que milhões de pessoas de castas mais baixas se ocupam da remoção de excrementos humanos de banheiros que não têm um sistema de descarga moderno e os carregam em cestos para serem descartados.
Os membros das castas inferiores que se dedicam à retirada de escrementos e à limpeza de esgotos são chamados de "intocáveis" por serem considerados sujos, possíveis transmissores de doença.
Acabam sofrendo intensa discriminação, tendo que sentar separado nas escolas e não são poribidos de tocar em utensílios que não lhes pertencem.
A atividade tem sido criticada por diversas ONGs que pedem ao governo indiano que acabe com a prática. Uma campanha lançada pela ONG Jan Sahas ajudou a retirar 11 mil pessoas da função de limpadores de latrinas no Estado de Madhya Pradesh.