A Voepass teve suas operações suspensas pela Anac por falta de segurança, após um acidente aéreo em Vinhedo (SP) que matou 62 pessoas e em meio a uma reestruturação financeira.
A Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, vinha atuando com uma frota de seis aeronaves com voos para 16 destinos antes de ter as operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a partir desta terça-feira, 11, por falta de segurança.
De acordo com o site oficial, a companhia opera, atualmente, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Amazonas e Pernambuco. (Veja abaixo os principais destinos)
- Ribeirão Preto (SP)
- Guarulhos - Aeroporto Internacional de São Paulo
- Aeroporto de Congonhas (SP)
- Rio de Janeiro - Aeroporto Internacional de Galeão (RJ)
- Juiz de Fora - Zona da Mata (MG)
- Presidente Prudente (SP)
- Ipatinga (MG)
- Florianópolis (SC)
- Santa Maria (RS)
- Pelotas (RS)
- Joinville (SC)
- Recife (PE)
- Fernando de Noronha (PE)
- Carauari (AM)
- Manaus (AM)
- Porto Urucu (AM)
A Voepass está sob fiscalização da Anac desde que um avião da companhia caiu sob um condomínio residencial em Vinhedo (SP), em agosto do ano passado. O acidente matou 62 pessoas.
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O avião que caiu foi o ATR-72 operado pela empresa, que vinha de Cascavel (PR) e caiu antes de chegar ao destino, o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Reestruturação financeira
A Voepass informou no início de fevereiro ter ingressado com uma ação (tutela) preparatória para uma reestruturação financeira, para reorganizar as obrigações financeiras de curto prazo e reorganizar sua estrutura de capital.
A empresa afirma que até o meio do ano passado tinha uma malha aérea "ampla" e saúde financeira para manter a expansão que estava programada. No entanto, segundo a Voepass, os planos foram alterados pelo acidente em Vinhedo.
O que diz a Voepass
Sobre a suspensão, em caráter cautelar, das operações da companhia, a Voepass informou que iniciou as tratativas internas para demonstrar, conforme solicitado pela Anac, sua capacidade de garantir os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora.
“A companhia reitera que sua frota em operação é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança. Essa decisão tem um impacto imensurável para milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e contam com seu serviço, por isso, colocará todos seus esforços para retomar a operação o mais breve possível”, diz trecho da nota.
Conforme a companhia, todos os passageiros que forem impactados neste momento serão atendidos nos termos do previsto pela ANAC, na Resolução 400 --que dispõe sobre as Condições Gerais de Transporte aplicáveis aos atrasos e cancelamentos de voos."
“Caso tenha algum voo programado pela Voepass, solicitamos que entre em contato com seu canal de compra para validar os voos ofertados e receber orientações de como proceder para reacomodação disponível”, conclui a Voepass, em nota.