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Volume de serviços no Brasil tem queda inesperada em janeiro

15 mar 2019 - 09h08
(atualizado às 09h56)

O volume de serviços no Brasil registrou queda inesperada em janeiro, começando o ano sob pressão dos transportes e de serviços de informação, corroborando o quadro de recuperação lenta da economia.

Garçom trabalha em restaurante no Rio de Janeiro 
22/10/2013
REUTERS/Sergio Moraes
Garçom trabalha em restaurante no Rio de Janeiro 22/10/2013 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Em janeiro o volume do setor apresentou recuo de 0,3 por cento em relação a dezembro, segundo os números divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Sobre o mesmo período do ano anterior, houve avanço de 2,1 por cento, taxa mais elevada desde março de 2015 (2,3 por cento).

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanço de 0,2 por cento na comparação mensal e de 1,9 por cento na base anual.

O resultado fraco de serviços acompanha a indústria, cuja produção teve queda de 0,8 por cento sobre o mês anterior, no resultado mais fraco em quatro meses. Por outro lado, as vendas varejistas tiveram alta acima do esperado no mês.

Os destaques no mês, segundo os dados do IBGE, foram as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e de serviços de informação e comunicação, respectivamente com contrações de 0,6 e 0,2 por cento.

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Essas foram as únicas quedas registradas no mês, mas juntas as duas atividades representam 63 por cento do volume total de serviços pesquisados.

"Boa parte da queda no setor de transporte deve-se ao baixo desempenho das atividades de transporte rodoviário, dutoviário e de carga", explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

"Já os serviços de informação e comunicação sofreram impacto da menor receita na atividade de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, que é normal em início de trimestre, completou.

As outras três atividades registraram ganhos em janeiro sobre o mês anterior: serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7 por cento), outros serviços (4,8 por cento) e serviços prestados às famílias (1,1 por cento), esta com a terceira alta seguida.

O setor de serviços brasileiro sofreu no ano passado com a lentidão da economia, mas ainda assim ajudou a economia a crescer 1,1 por cento.

Dados do PIB mostram que o setor de serviços cresceu 0,2 por cento no quarto trimestre de 2018 sobre os três meses anteriores, acumulando ao longo do ano expansão de 1,3 por cento.

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A persistência do cenário de inflação e juros baixos tende a estimular o consumo neste ano, bem como a esperada retomada do mercado de trabalho.

"Apesar das leituras fracas recentes, a perspectiva para o consumo privado de bens e serviços é moderadamente positiva", avaliou o diretor do Goldman Sachs Alberto Ramos.

"A capacidade ociosa ainda significativa no mercado de trabalho pode limitar o dinamismo do consumo privado e das vendas no varejo".

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