Alberto Kuba, novo executivo que chega ao comando da fabricante catarinense WEG esta semana, tem uma trajetória de sucesso na fábrica catarinense. Com 22 anos de experiência, o engenheiro elétrico subiu do cargo de estagiário para o de CEO da sexta maior empresa da bolsa de valores em valor de mercado.
Kuba deixou o interior de São Paulo aos 21 anos para ingressar no departamento comercial da WEG, quando a empresa alcançava seu primeiro bilhão em faturamento, segundo o jornal Valor Econômico. Com 44 anos de idade, o novo CEO assume o lugar de Harry Schmelzer, que está há 43 anos na companhia.
Kuba é o quarto presidente de uma companhia de 62 anos e o primeiro que não conviveu com os fundadores. O nome WEG faz referência às iniciais dos três fundadores: Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. Eles fundaram a companhia em Santa Catarina, em 1961.
Em 2023, o faturamento da WEG atingiu R$ 32,5 bilhões. A empresa possui em seu portfólio mais de 1.500 linhas de produtos. Multinacional de capital aberto com fábricas em mais de dez países, a fábrica tem mais de 39 mil colaboradores e mais de 4,3 mil engenheiros.
A empresa começou produzindo motores elétricos. A partir da década de 1980 ampliou a atuação para componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes.
A multinacional adquiriu empresas ao redor do mundo, como a Instrutech, fabricante de produtos e sistemas de automação; a fábrica de tintas Pulverlux, da Argentina; o distribuidor Fournais A/S, na Dinamarca; e o Watt Drive Antriebstechnik GmbH, companhia austríaca especializada no desenvolvimento e fabricação de redutores.
A empresa exporta para mais de 135 países e se tornou uma grande indústria de produção de eletroeletrônicos, itens para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes. A Weg está presente em países como China, Índia, África do Sul, Estados Unidos e Colômbia.
Fábrica de bilionários
A fabricante de equipamentos é a empresa que mais tem nomes na lista de bilionários brasileiros da Forbes. Segundo a revista, entre as 280 posições do ranking, 29 são familiares e descendentes de Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. Os descendentes dos fundadores têm, juntos, um patrimônio de R$ 85,53 bilhões.
Anne Werninghaus, 38 anos, neta de Geraldo Werninghaus, é a maior acionista individual da empresa, com um patrimônio de US$ 1,2 bilhões (R$ 6,2 bilhões). Lívia Voigt, 19 anos, bilionária mais jovem do mundo, com patrimônio estimado em US$ 1,1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), também é herdeira da empresa.