A zona de segurança e de restrição comercial de dois quilômetros definida pela Fifa acabou por desencorajar muitos ambulantes nos arredores da Arena Corinthians, em Itaquera, nesta quinta-feira. Às 12h30, o vendedor de sorvetes Nilson Vieira, 34, havia vendido apenas dois picolés de R$ 2. O movimento fraco foi sentido pela também ambulante Maria Aparecida Moraes, 43, que desde o início do dia vendeu uma água no valor de R$ 2.
Em área próxima à plataforma da estação de metrô Corinthians-Itaquera, onde os torcedores desembarcaram para entrar no estádio, os comerciantes dos quiosques do local disseram que esperavam mais movimento durante a abertura do Mundial. "Temos mais vendas de chopp em um dia de jogo do Corinthians", contou o sócio da loja da Brahma, Augusto Vianna, 33.
Outra vendedora de uma rede que trabalha com lanches temáticos para o evento que custam até R$ 20, também afirmou que aguardavam uma demanda maior na data. A torcedora Camila Fazio, 40, disse que iria comprar lanches assim que a partida começasse. "Já que não é possível entrar com comida no jogo, vamos comprar tudo lá dentro [do estádio]."
No começo do mês, a Prefeitura de São Paulo já havia liberado credencial para cerca de 600 ambulantes atuarem dentro do estádio, assim como na Fan Fest - realizada em dia de jogos do Brasil -, organizada pela Fifa no Vale Anhangabaú, em São Paulo, que deve receber pelo menos 35 mil pessoas. Os selecionados receberam treinamento, uniformes, materiais de trabalho e mercadorias. Eles terão 30% do lucro de cada produto vendido.