Autoridades da União Europeia (UE) discutiram formalmente pela primeira vez possível calote grego, já que que as negociações entre Atenas e seus credores estagnaram antes do pagamento de dívida no final do mês, disseram à Reuters várias autoridades.
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Os representantes do governo, preparando a reunião do Eurogrupo de ministros das Finanças da zona do euro na próxima semana, concluíram em negociações em Bratislava no final de quinta-feira que há três possíveis cenários para a Grécia no final de junho. O menos provável, eles acham, é um acordo de reforma em troca de recursos na próxima semana a tempo de cumprir os prazos legais de final de junho.
A segunda possibilidade é mais uma prorrogação do atual programa de resgate, que vence este mês ao mesmo tempo em que a Grécia tem de pagar 1,6 bilhão de euros ao FMI. O terceiro - discutido formalmente pela primeira vez em tal nível na UE - é aceitar que a Grécia pode dar calote.
A maioria das autoridades argumentou ser improvável que os credores fechem um acordo sobre reformas com Atenas a tempo de desembolsar os 7,2 bilhões de euros que continuam disponíveis para a Grécia segundo o programa de resgate prorrogado em fevereiro por quatro meses.
"Exigiria progresso em questão de dias que não foi possível em semanas", disse uma autoridade próxima das discussões nesta sexta-feira.
O representante grego na reunião disse que Atenas fará de tudo para alcançar um acordo a tempo, disseram outras autoridades. Isso significaria de fato um acordo a tempo de ser endossado pelo Eurogrupo quando ele se reunir em 18 de junho.
Autoridades disseram, entretanto, que mesmo assim o desembolso de empréstimos a Atenas até 30 de junho será muito difícil por causa do tempo necessário para finalizar todos os procedimentos necessários.
Portanto, o segundo cenário é de que o atual resgate seja prorrogado para manter os 7,2 bilhões de euros, e 10,9 bilhões de euros separados para recapitalização de bancos gregos, disponíveis para Atenas quando o acordo de reforma for alcançado.
Senão o dinheiro vai desaparecer e um novo acordo de resgate será necessário para garantir mais recursos.
Mas representantes de alguns países da zona do euro acreditam que os governos devem se preparar para um terceiro cenário: o de um calote da Grécia.
"Pela primeira vez houve uma discussão de um 'plano B' para a Grécia", afirmou uma segunda autoridade. Duas outras autoridades confirmaram que esse debate aconteceu.
A discussão foi teórica porque o cenário de um país da zona do euro dar calote seria sem precedentes. A reunião não chegou a uma conclusão sobre isso.