Dezembro se aproxima, e muitos brasileiros ficam na expectativa das festas de final de ano - Natal e Ano Novo. Mas o mês de novembro também é muito aguardado pelos consumidores, principalmente os que compram pela internet. Trata-se da última sexta-feira do mês― neste ano o dia 25 ―, quando acontece a Black Friday, com as lojas online oferecendo vários descontos especiais.
Segundo pesquisa recente realizada pelo Ebit-Nielsen, em 2020, a Black Friday movimentou R$ 2,3 bilhões no e-commerce ― representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior ―, e em 2021, houve aumento de 7,1% comparado ao ano de 2020, totalizando R$ 7,5 bilhões.
“Com esse aumento significativo nos últimos anos, estima-se que, em 2022, haverá um incremento ainda maior nas transações via internet. Mas, é importante lembrar que para as vendas saírem da maneira esperada, é necessário tomar alguns cuidados”, alerta Rodrigo Garcia, diretor-executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, startup de gestão de marketplaces nacionais e internacionais.
De olho no fim do ano, o executivo listou alguns erros a se evitar na Black Friday.
Não checar o estoque de produtos
Neste período, muitos lojistas acabam investindo em propagandas para chamar a atenção da clientela, fazendo com que seus sites tenham mais visualizações e interesse por certos produtos.
Mas, é importante ficar atento ao estoque de suas mercadorias, para que não acabe realizando vendas de produtos que não estão mais disponíveis.
“Quando os compradores forem adquirir produtos, é importante que a reputação do vendedor no marketplace esteja bem visível, e que o estoque esteja de acordo com a demanda esperada, para evitar problema na entrega e frustração do consumidor”, avalia Garcia.
Prejudicar o capital de giro da empresa?
Este ano está sendo atípico para os varejistas, pois, além das festas comemorativas, a Copa do Mundo vai acontecer juntamente com a Black Friday. Portanto, é importante tomar algumas precauções na hora de selecionar os produtos que mais se deseja vender.
“Tudo depende de uma gestão de demanda adequada. Alguns comerciantes acabam apostando em mercadorias específicas, pois acreditam que o item será muito procurado. Mas, é importante ter uma visão ampla e realizar pesquisas de mercado, para que os produtos sejam comprados na quantidade correta”, recomenda o diretor-executivo da Petina.
Falha no atendimento aos consumidores
Nem todos os canais de vendas, principalmente os principiantes, possuem um atendimento otimizado, e esse fator, somado à alta demanda, pode impactar negativamente a experiência de compra do cliente e consequentemente, a imagem da empresa.
“Como os marketplaces realizam toda negociação via internet, é importante que haja um contato direto e contínuo com os clientes, sanando todas as dúvidas e dando auxílio em seus imprevistos”, ensina Garcia.
Isso porque, quando os marketplaces deixam a desejar no atendimento, podem prejudicar as vendas não somente nesta época, mas também durante outros períodos.
“É imprescindível cumprir o SLAs (Service Level Agreement, que significa ‘Acordo de Nível de Serviço - ANS’) - acordo entre a empresa e o cliente que define vários quesitos contratuais referentes à entrega e demais responsabilidades entre contratado e contratante. É muito importante seguir essas regras, pois dá mais segurança e garantias na transação, para ambas as partes”, resume o executivo.
E o consumidor, que cuidados deve tomar?
Não é apenas o lojista, mas também o comprador que deve ficar atento e evitar deslizes que podem arruinar sua experiência de compra durante a Black Friday. Confira o que o cliente não deve fazer, de acordo com Garcia:
Acessar páginas não confiáveis
Na era da internet, muitos links são compartilhados, e com a Black Friday chegando, o fluxo de compartilhamento aumenta ainda mais. Desta forma, alguns hiperlinks não confiáveis são divulgados com mais frequência nas redes sociais.
Garcia reforça alguns pontos de atenção na hora de realizar as negociações. "Focar nas compras via marketplace ajuda bastante a fugir dos sites não confiáveis. Ao receber links, vale sempre entrar em contato direto com o canal e pesquisar pelo produto, evitando o redirecionamento indevido”, ensina o executivo da Petina.
Levar em conta somente o preço das mercadorias
Muitas vezes, os consumidores compram por impulso, sem checar a procedência da loja ou produto, fazendo com que aumente o risco de cair em golpes.
“Ao adquirir um produto na Black Friday, o valor muitas vezes é o principal fator levado em consideração. Entretanto, para você não ter uma compra frustrada é necessário se atentar à descrição dos itens, e até mesmo investigar a reputação do e-commerce através de sites como: Reclame Aqui, Consumidor.gov.br e Proteste”, informa Garcia.
Assim, o consumidor evitará adquirir um produto não autêntico, perto do prazo de validade ou diferente do esperado.
Conferir o histórico da oferta
Para não levar “gato por lebre”, é importante conferir o histórico do anúncio, como: valor da oferta nos últimos dias e semanas, título, descrição e fotos, para que o consumidor não seja vítima da famosa “promoção” “tudo pela metade do dobro''.
“A Black Friday é um evento relevante para os consumidores que desejam economizar, mas é preciso pesquisar e buscar locais confiáveis para comprar. Mas quando aproveitado com atenção, é possível, sim, obter compras vantajosas em relação aos outros períodos do ano”, conclui o diretor-executivo da Petina.
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