O comércio digital (e-commerce) permitiu que os consumidores tenham acesso a lojas de todo o mundo, o que é uma enorme facilidade. Mas, fazer compras online pode se tornar um pesadelo se o site apresentar risco de fraudes, erros na entrega ou até mesmo peças totalmente diferentes das que foram solicitadas.
Sites falsos de lojas costumam ser parecidos com os das oficiais e muitas vezes oferecem promoções que à primeira vista parecem muito boas, mas é preciso ter cuidado. Veja algumas dicas para saber se um site é seguro na hora de fazer compras:
Observe a URL do site
Antes de clicar, é preciso analisar se a URL é realmente a mesma do site que você deseja ir. Passando o ponteiro do mouse sobre algum link que supostamente leva ao portal, a URL deve aparecer na parte inferior do programa navegdor de internet (Chrome, Firefox, Edge, Safari e outros).
Por vezes, as URLs não são escritas com as letras corretas. Normalmente os domínios falsos usam letras de outros alfabetos como tailandês e russo (círilico), que parecem com as do latino.
Verifique a presença de informações obrigatórias por lei
Algumas informações devem estar obrigatoriamente visíveis para todos nos sites, segundo o decreto 7.962/2013. Nome da empresa, CNPJ ou CPF do vendedor e endereço físico e eletrônico são algumas das informações necessárias tanto para localizar a empresa quanto para contatá-la em caso de problemas.
Características da mercadoria também devem ser informadas, sobretudo quando houver risco de saúde. A loja também deve destacar o valor da entrega separadamente do produto, modalidades de pagamento e prazo. Se a página não contém essas informações, deve-se desconfiar.
Veja os selos de segurança
O uso do HTTPS no início da URL normalmente significa que o endereço virtual é válido, mas nem sempre. A presença de sites com a proteção SSL vem crescendo por estímulo do próprio Google, mas existem certificados digitais que conseguem fazer a página mostrar o cadeado e o aviso de “conexão segura”, mesmo que ela apresente risco de coleta de dados indevidamente.
O cadeado, nessa situação, apenas atesta que não há interceptação entre os dados que estão sendo trocados, mas as informações do consumidor ainda podem ser usadas incorretamente.
De qualquer forma, é interessante checar a presença ou não do cadeado na barra de navegação. O site WhoIs do Registro.BR permite fazer uma consulta para descobrir se o domínio é legítimo. É só copiar o URL e colar no Whols.
Consultar o CNPJ na Receita Federal
Todo mundo pode checar o CNPJ de uma empresa no site da Receita Federal. É só acessar, procurar pelo CNPJ dado e ver se ela está ativa ou com alguma irregularidade. A página também mostra o quadro de sócios e administradores.
Cheque a reputação do site em plataformas do governo
Sites como Reclame Aqui e Consumidor.gov permitem que o comprador veja o que outras pessoas disseram sobre as empresas, além de apresentar uma avaliação do atendimento, cuja nota é dada em conjunto pelos seus consumidores. Usuários relatam experiências, pedem respostas à empresa e, se algumas retornam e resolvem a situação, outras ignoram e nunca oferecem ajuda.
Vale a pena acessar o site, checar a nota que outras pessoas deram e ler relatos de experiências de compra.
Pesquise se há reclamações da empresa nas redes sociais
Hoje em dia, quando alguém tem problemas com empresas, é muito comum reclamar em redes como Twitter, Instagram e Facebook. Por isso, essa também é uma opção para medir a opinião geral sobre aquela loja. Normalmente, nos perfis oficiais das empresas as pessoas tentam contato e marcam o “@” da empresa para tentar um diálogo ou solicitação.
Formas de pagamento
Normalmente, os sites falsos não permitem vários tipos de pagamento, como cartão de crédito, oferecendo a opção apenas de boleto bancário ou Pix. Caso você esteja indo pagar por algum produto e se deparar com essa situação, desconfie. Aproveite para checar todos os outros pontos que mencionamos anteriormente.
Boas compras!