Quando pensamos no verão, podemos imediatamente imaginar lindas praias, calor e dias de muito sol. Mas sabemos que, na vida real, alguns dias dessa estação são marcados por chuvas intensas e a formação de verdadeiras tempestades que não nos deixam sair de casa. Por que isso acontece?
Segundo especialistas, existem algumas respostas para essa pergunta, mas a principal delas é a Zona de Convergência do Atlântico Sul — conceito metereológico que se refere a um "encontro de ventos", que vêm de direção opostas, o que acaba causando os dias de chuvas.
Graças a diferenças de pressão, ventos de escala quilométrica vindos de direções opostas se encontram em uma faixa que cruza o Brasil desde o sul da Amazônia até o litoral do Sudeste. Nesta faixa, a formação de nuvens fica maior, o que leva a chuvas que perduram por alguns dias.
"É uma característica climatológica que impera na América do Sul", diz Ricardo de Camargo, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
Micael Cecchini, outro professor da instituição, afirma que algumas outras chuvas também podem ocorrer por motivos menos estruturais. As chamadas "tempestades de verão", que chegam e vão embora rapidamente, normalmente são atribuídas a nuvens isoladas.
"São nuvens que se formam devido ao calor. Como estamos mais próximos do Sol, o acúmulo de calor faz o ar no local subir, o que é o ingrediente básico para termos nuvens — e consequentemente, chuva", diz.