Um juiz de investigações preliminares (GIP) de Brescia decidiu arquivar as acusações de violência sexual contra o atacante italiano Mario Balotelli, apresentadas por uma jovem de 18 anos em um suposto caso de abuso em 2017.
A decisão foi tomada em abril pelo juiz Riccardo Moreschi, mas divulgada apenas nesta quinta-feira. Na ação, o magistrado observou "a falta de fundamento do relatório do crime" e citou os depoimentos de testemunhas e telefonemas entre Balotelli e a jovem, que deixariam claro um "complô" da acusadora para tirar vantagem do caso.
Balotelli foi acusado de ter relações sexuais com a jovem menor de idade, mas após ela ter garantido ao jogador que tinha mais de 18 anos. O episódio teria ocorrido quando o centroavante atuava pelo Nice, da França, clube que ele defendeu de 2016 a 2019.
No entanto, logo em seguida, a suposta vítima teria exigido 100 mil euros para não denunciar o italiano por violência sexual. Na época, o advogado da mulher ainda teria entrado em contato com uma revista de fofocas para tentar vender a notícia. A tentativa de extorsão foi denunciada à polícia pelo próprio Balotelli.
Durante a audiência, o Ministério Público de Brescia requereu o indeferimento das acusações contra o jogador, mas a jovem se opôs ao resultado.
Nos áudios analisados pelas autoridades, Balotelli e a mulher conversam sobre a relação sexual que tiveram. Em uma parte, ela diz para o atacante que "pediu para [ele] parar". Em seguida, uma voz masculina parecida com a de Balotelli responde que "parou" quando percebeu "que estava machucando". No meio da conversa, o centroavante também negou ter batido na garota.
Em outra parte do telefonema, a jovem afirma que não poderia contar a relação que teve com Balotelli para a família. Após isso, ele responde: "Se eu te machuquei com esse ato, talvez eu não tenha percebido, então, se for esse o caso, me desculpe, mas certamente não forcei você".
"Balotelli está muito satisfeito sobretudo do ponto de vista moral, ele considerou uma acusação caluniosa e inaceitável. Peço desculpa pela jovem que se revelou um instrumento nas mãos de adultos inescrupulosos", comentaram os advogados do atleta, Francesca Coppi e Alessandro Moscatelli.