ANÁLISE: Fernando Santos aposta alto, e Portugal prova que não depende mais de Cristiano Ronaldo

Dinâmico, a seleção das Quinas teve sua melhor partida na Copa sem CR7 como titular

7 dez 2022 - 05h31
(atualizado às 10h23)

Ao deixar Cristiano Ronaldo no banco de reservas contra a Suíça, Fernando Santos atraiu para si uma responsabilidade gigante sobre o futuro da seleção portuguesa na Copa do Mundo. A aposta do treinador em Gonçalo Ramos foi a decisão mais ousada e corajosa do Mundial, e o 6 a 1 de Portugal foi a prova cabal que a equipe pode faturar o título com CR7 não sendo mais a estrela do time, e sim um coadjuvante.

Portugal venceu a Suíça por 6 a 1 (Foto: PAUL ELLIS / AFP)
Portugal venceu a Suíça por 6 a 1 (Foto: PAUL ELLIS / AFP)
Foto: Lance!

Além de barrar o astro português, dando um claro recado sobre a hierarquia no elenco, ele deixou outros "intocáveis" no banco de reservas, como João Cancelo e Rúben Neves, optando por Raphael Guerreiro e Otávio no time titular, que também se destacaram na partida.

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Assim, Portugal finalmente cumpriu o que o treinador tanto pediu e conseguiu ser uma equipe ofensiva e criativa, com muito dinamismo no meio-campo e uma completa anarquia em campo. Na defesa, o goleiro Diogo Costa foi um verdadeiro paredão, e Pepe, mesmo com 39 anos, mostrou que ainda tem muita gasolina no tanque, sendo um general no jogo aéreo.

A equipe portuguesa ditou o ritmo da partida e conseguiu furar o bloqueio suíço com muita facilidade, liquidando o jogo ainda no primeiro tempo. Na etapa final, os lusitanos foram inteligentes para aproveitar os espaços cedidos pelo adversário e transformaram a vitória em uma goleada histórica.

Mas o grande diferencial foi Gonçalo Ramos. Com 21 anos, o atacante não se deixou abalar pelo peso de substituir Cristiano Ronaldo e tomou conta do jogo, anotando um hat-trick e mostrando como a seleção melhora coletivamente sem o camisa 7 em campo.

Resta saber se Fernando Santos vai seguir a aposta e manter CR7 no banco contra Marrocos, algo impensável até alguns dias atrás. Independente da decisão do treinador, a grande notícia para os portugueses é a consciência e confiança de que a equipe pode e sabe ganhar sem sua principal estrela.

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