Misto de emoções e final feliz: como argentinos e brasileiros comemoraram o título da Argentina

O Terra esteve em um bar tradicionalmente visitado por argentinos e pode acompanhar de perto a idolatria de brasileiros com os hermanos

18 dez 2022 - 16h01
(atualizado às 19h01)
Marina e Fernanda choram e comemoram título da Argentina
Marina e Fernanda choram e comemoram título da Argentina
Foto: Alexsander Vieira/Terra

Argentinos e brasileiros se encontraram no Moocaires Bar, localizado da Pompéia, Zona Oeste da cidade de São Paulo com um só objetivo: ver Lionel Messi campeão da Copa do Mundo com a Seleção Argentina. O bar abriu às 10h da manhã, mas os torcedores já estavam concentrados uma hora antes da para confraternizar.

Em clima de festa e confiança, os gritos para a Argentina entregavam pronúncias diferentes, como a de Fernando, brasileiro que se apaixonou pelo futebol dos hermanos desde 1998. Em papo com o Terra, o rockeiro, que partiu das comemorações do título para o show da banda Slipknot, afirmou que a garra demonstrada em campo é o que o encanta.

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Um bandeirão em homenagem a Diego Armando Maradona foi erguido. O nome do ídolo argentino foi cantado a plenos pulmões. Fumaça, bateria e tudo o que um verdadeiro estádio argentino poderia ter, tinha na região paulistana. 

Entre algumas pessoas de destaque, apareceu um homem com cara e jeito de argentino, mas revelou ser brasileiro. Messi? Raça? Nem tanto, o amigo se caracterizou hermano para provocar e brincar com os amigos. Ele ainda revelou que mesmo em uma possível semifinal entre Brasil e Argentina, ele torceria para o Brasil e seu cabelo ‘’diferentão’’ seria o mesmo corte de Ronaldo na Copa de 2002.

Há 10 anos no Brasil, Alejandro é apaixonado pelo País, mas não perdeu sua essência argentina e estava confiante no título. Além disso, para ele, foi a coroação de Lionel Messi como o maior jogador de todos os tempos.

O jogo foi se aproximando, a ansiedade aumentando. Quando a televisão mostrava Lionel Messi subindo para o aquecimento, os torcedores foram à loucura e gritaram o nome do capitão e camisa 10.

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Com bateria, vuvuzelas, instrumentos musicais e cantoria, daquelas que vem do fundo da alma, os torcedores começaram o jogo mandando energia da Pompéia para Estádio Lusail. A festa aumentou ainda mais após Messi, de pênalti, abrir o placar. 

Pouco tempo depois saiu o segundo gol e a confiança foi para o topo. Gritos de ‘’La Copa”, “El Tri” e “Dale Muchachos’’ foram potencializadores de um sentimento que estava próximo, o de ver o seu país – ou a seleção que te representa – como campeã do mundo após 36 anos.

No fim do primeiro tempo, muitos sorrisos, abraços, choros e esperança. Torcedores em festa, que tomou conta não só do bar, mas de toda a região. Mecânicas, postos de gasolina e toda a rua foi tomada pela legião de torcedores argentinos.

O sentimento do jogo foi um retrato de Marina, brasileira, mas com grande identificação com os argentinos. Nos dois gols, ela ficou em festa, abraçou as amigas e a mãe. Conforme o tempo foi passando no segundo tempo, os torcedores vibraram, riam e cantavam que “Maradona é maior do que Pelé”. Um clima de contagem de minutos para soltar o grito preso na garganta. 

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A cada lance de perigo da França, os argentinos cantavam ‘’Não passa nada’’ e  gritavam o nome de Dibu Martínez, goleiro do time. Mas as energias não foram suficientes, com Kylian Mbappé marcando dois gols em sequência, transformando a festa em velório. Marina foi às lagrimas. O desespero estava presente.

Xingamentos, frustrações, bufadas, tomaram conta das expressões dos argentinos (e brasileiros torcedores).

Até que ele apareceu novamente, Lionel Messi. Na prorrogação, brilhou a estrela do camisa 10. Ele marcou o terceiro da Argentina, teria feito o gol do título? Para os torcedores parecia que sim, um alívio, o tri estava bem próximo, mas novamente, o pequeno príncipe da francês, Mbappé, deixou tudo igual e novamente o cenário de fim de feira se instalou.

Os pênaltis chegaram e a esperança também. Do apito final até o início das penalidades, os torcedores clamavam: “Dibuuu, Dibuuu, Dibuuuu”. As energias do Brasil passaram para a Argentina e chegaram no Catar com o goleiro sendo o grande herói do jogo e dando o titulo, o terceiro, para os hermanos.

Se fica uma lição é: os brasileiros não torcem para a Argentina apenas por Messi, mas sim porque o argentino é o retrato de um time com o qual os brasileiros gostariam de ser representados. Argentina é tricampeã do mundo, Messi é campeão mundial.

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Fonte: Redação Terra
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