Técnico da Argentina defende seus jogadores

O treinador disse estar triste pelo ocorrido e defendeu os atletas que não cumpriram a quarentena obrigatória após deixarem o Reino Unido

5 set 2021 - 18h23
(atualizado às 18h35)

Técnico da Argentina, Lionel Scaloni lamentou a interrupção e suspensão da partida entre Brasil e Argentina, neste domingo, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. O treinador disse estar triste pelo ocorrido e defendeu os atletas que não cumpriram a quarentena obrigatória após deixarem o Reino Unido, afirmando que não foram notificados de que eles não poderiam jogar.

Sclaroni durante entrevista coletiva Divulgação AFA
Sclaroni durante entrevista coletiva Divulgação AFA
Foto: Divulgação / AFA

"O que acabou de acontecer me deixa muito triste, não procuro culpar. Deveria ter sido uma festa para todos com o que há de melhor no mundo, e termina assim. Como treinador, tenho de defender os meus jogadores. Estão dizendo que os querem deportar ou têm de os retirar, não posso permitir. Em nenhum momento fomos avisados de que não podiam jogar. O delegado da Conmebol me disse para ir ao vestiário e eu fui. Queríamos jogar, assim como os jogadores brasileiros", disse.

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Com apenas cinco minutos de bola rolando na Neo Química Arena, o clássico foi paralisado por agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que entraram em campo para impedir que Cristian Romero e Lo Celso, do Tottenham, e Emiliano Martínez e Buendía, do Aston Villa, atuassem.

Os quatro jogadores não realizaram a quarentena obrigatória de 14 dias após deixarem o Reino Unido antes de entrarem no Brasil, indo contra o protocolo de quarentena do país.

Claudio Tapia, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), destacou que todas as medidas sanitárias foram cumpridas e definiu o episódio como "lamentável".

"Não se pode falar em mentira. Existe legislação sanitária, as autoridades sanitárias aprovam um protocolo em vigor. Temos cumprido tudo porque temos a preocupação de que os jogadores possam regressar bem aos seus clubes. O que aconteceu foi lamentável: quatro pessoas sem máscara entraram em campo e interromperam o jogo. Está no regulamento que quando alguém interrompe o jogo, fator externo, o jogo deve ser suspenso", afirmou.

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A suspensão do duelo entre Brasil e Argentina foi muito repercutida nos jornais hermanos. O Diario Olé, principal periódico esportivo do país, chamou o ocorrido de "papelão mundial", dando ênfase ai apoio da equipe comandada por Tite na decisão da seleção argentina de se retirar do campo.

O Clarín também usou o termo papelão, mas deu foco no futuro da partida. Para o jornal, a Argentina pode acabar conquistado os 3 pontos por conta de uma "invasão de pessoas desautorizadas", reiterando que a AFA tinha a autorização da Conmebol para utilizar os quatro jogares que moram no Reino Unido.

Gazeta Esportiva
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