Uma atleta de esportes extremos espanhola de 50 anos de idade emergiu nesta sexta-feira de um desafio de 500 dias vivendo a 70 metros de profundidade em uma caverna nos arredores da cidade de Granada, com contato mínimo com o exterior.
De óculos escuros e sorrindo enquanto se ajustava à luz da primavera no sul da Espanha, a montanhista de elite Beatriz Flamini disse aos repórteres que o tempo voou e que ela não queria sair.
A equipe de suporte de Flamini disse que ela quebrou um recorde mundial para o maior tempo passado em uma caverna em um experimento monitorado por cientistas que estudam a mente humana e os ciclos circadianos.
Flamini começou seu desafio em 20 de novembro de 2021, um sábado, antes da eclosão da guerra da Ucrânia, do fim da obrigatoriedade do uso de máscaras por conta da pandemia de covid-19 na Espanha, e da morte da rainha britânica Elizabeth II.
Ela saiu da caverna por oito dias, mas ficou isolada em uma barraca esperando os reparos em um roteador usado para enviar áudios e vídeos à sua equipe e contar como estava.
Flamini passou o tempo no subsolo fazendo exercícios, pintando, desenhando e tricotando gorros de lã. Ela levou duas câmeras GoPro para documentar seu tempo na caverna, leu 60 livros e consumiu mil litros d'água, de acordo com sua equipe de apoio.