O Atlético-MG voltou a campo quatro dias após perder a final da Libertadores de forma vexatória. Desta vez, a derrota foi para o Vasco, atuando fora de casa, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Cumprindo tabela no torneio e sem nenhuma projeção esportiva, o Galo, teoricamente, já deveria ter iniciado o planejamento para a próxima temporada. A realidade, no entanto, é um clube à deriva, que não é representado por seus donos ou por sua diretoria.
Desde que o jogo contra o Botafogo foi finalizado, nenhum membro da diretoria ou da SAF veio à público dar explicações sobre o momento do Atlético-MG. Dentro das quatro linhas, o Galo não vence há 12 partidas e é um time completamente apático. Contra o Vasco, os comandados de Milito não levaram nenhum perigo ao adversário e foram completamente dominados, aceitando pacificamente o controle rival. Com o resultado, o time mineiro sofre riscos de ficar fora de competições internacionais em 2025.
Vivendo na falsa ilusão de que o elenco montado seria suficiente para ter sucesso na atual temporada, a conclusão dos campeonatos foi um "tapa na cara" dos administradores do Atlético. Empurrando a campanha de 2024 "com a barriga", a diretoria, controlada pela SAF, demonstrou mais uma vez sua incompetência e demitiu o técnico Gabriel Milito faltando uma rodada para o Brasileirão acabar. Além disso, existia uma promessa de que, cinco anos após a transformação em Sociedade Anônima, o Galo se tornaria uma potência mundial. O clube chega na última rodada do Brasileirão correndo riscos de ser rebaixado.
Fora de competições internacionais, sem elenco de qualidade e sem promessa de fortes investimentos, o cenário do Atlético-MG para 2025 é assustador. A família Menin, junto a outros donos, não dá nenhum indício de que está se movimentando para trazer novos jogadores que possam ajudar a equipe a brigar por títulos no ano que vem. Como nenhum dos controladores da SAF aparece nas coletivas de imprensa, as perguntas sobre a próxima temporada seguem sem respostas.
Se existe algum interesse da SAF em fazer com que o Atlético-MG seja protagonista, pelo menos a nível nacional, no ano que vem, precisa reforçar o elenco. O grupo de jogadores precisa ser repaginado e, assim como foi feito com o Botafogo, o alto investimento precisa ser colocado independente dos resultados. John Textor mostrou, montando o elenco campeão da Libertadores e do Brasileirão de 2024 logo após que o clube subiu de divisão, que só é possível vencer títulos se o dinheiro é gasto. Rubens Menin, principal dono do Galo, nada contra essa maré e deve cortar o apoio financeiro de forma drástica.