Juiz decide que julgamento de Pistorius pode ser televisionado

25 fev 2014 - 12h11
(atualizado às 14h12)
<p>Pistorius deixa o tribunal após comparecer perante a corte de magistrados de Pretoria</p>
Pistorius deixa o tribunal após comparecer perante a corte de magistrados de Pretoria
Foto: Siphiwe Sibeko / Reuters

Um juiz sul-africano decidiu nesta terça-feira que o julgamento do astro olímpico e paralímpico Oscar Pistorius poderá ser televisionado, dando a milhões de pessoas ao redor do mundo acesso direto a um dos julgamentos de celebridade mais sensacionalizados desde o de O.J. Simpson.

Reeva Steenkamp morreu aos 30 anos baleada pelo namorado Oscar Pistorius
Foto: Getty Images

Pistorius, 27 anos, admitiu ter atirado na namorada, a modela Reeva Steenkamp, em casa em Pretória no dia em que se comemorava o dia dos namorados, no ano passado, mas alegou ter sido um trágico acidente, em que ele a confundiu com um invasor.

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Se for condenado por homicídio, ele pode pegar prisão perpétua. O julgamento deve começar no dia 3 de março.

Em uma decisão transmitida pela TV a partir de um tribunal superior de Pretória, o juiz Dustan Mlambo disse ser vital para os cidadãos sul-africanos pobres, que se sentem maltratados pelo sistema judicial, o acesso em primeira mão ao julgamento.

"O sistema judicial ainda é percebido como um que trata os ricos e famosos com luvas de pelica, enquanto é ríspido com os pobres e vulneráveis", disse ele. "Dar a uma maior parte da sociedade sul-africana a chance de seguir em primeira mão um processo criminal que envolve uma celebridade, digamos assim, vai ter um grande alcance em desfazer essas percepções negativas e infundadas."

Steenkamp foi morta com quatro tiros
Foto: EFE

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Mlambo impôs diversas condições, incluindo ressalvas de que nenhuma gravação vai ser permitida durante os intervalos e que nenhuma comunicação confidencial entre as partes envolvidas no julgamento vai poder ser gravada.

Ele também disse que as câmeras não vão poder fazer "closes extremos" nem gravar testemunhas que não deem consentimento.

Mlambo afirmou que o juiz responsável pelo julgamento poderia ordenar a interrupção da transmissão caso "se torne aparente que a presença de câmeras... impedem o direito de uma testemunha a privacidade e dignidade ou o direito de réu de um julgamento justo".

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