O Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil vai mesmo para o Rio de Janeiro a partir de 2021. O acordo foi selado em reunião nesta segunda-feira, pelo diretor executivo da Fórmula 1, Chase Carey, com o presidente Jair Bolsonaro e o governador fluminense, Wilson Witzel.
Em maio, Bolsonaro chegou a anunciar que a transferência ocorreria já no ano que vem, mas os organizadores do GP do Brasil informaram que o contrato vigente prevê a realização da prova em São Paulo até 2020.
"Nós não perderemos a Fórmula 1. O contrato vence ano que vem com São Paulo e resolveram retornar a Fórmula 1 para o Rio de Janeiro. Seria isso ou a saída do Brasil. Noventa e nove por cento de chance, ou mais, de termos a Fórmula 1 a partir de 2021 no Rio de Janeiro", afirmou Bolsonaro. "Ninguém está tirando a Fórmula 1 de São Paulo. Ela está permanecendo no Brasil", acrescentou.
Pouco depois da declaração do presidente, Chase Carey não quis confirmar a mudança de São Paulo para Rio. O diretor afirmou que está negociando, mas nada foi fechado.
Segundo Bolsonaro anunciou à época, um novo autódromo deve ser construído no Rio para receber o GP a partir de 2021. Segundo ele, a obra com previsão de conclusão em até sete meses será feita "sem nenhum dinheiro público". O autódromo será construído em um terreno do Exército, que alguns políticos cariocas afirmam ser uma reserva ambiental. De acordo com o presidente, "o Exército preservou a área" e a obra vai gerar milhares de empregos diretos e indiretos e muitos permanentes.
O antigo autódromo do Rio de Janeiro, localizado em Jacarepaguá, também na zona oeste da cidade, que recebeu provas de Fórmula 1 na década de 1980, foi desativado em sua totalidade para a construção do Velódromo, utilizado nos Jogos Olímpicos de 2016.
No encontro desta segunda-feira no Palácio do Planalto também estavam presentes José Antonio Pereira Junior, presidente da Rio Motorsports, e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.