A Cadillac roubou a cena nesta terça-feira no salão do automóvel de Detroit, onde exibiu o carro mais poderoso de seus 112 anos de história, em uma aposta agressiva para tentar recuperar a liderança no mercado americano.
Sinônimo no passado de poder e prestígio nos Estados Unidos, a Cadillac viu sua porção no mercado de carros de luxo ser gradativamente abocanhada por concorrentes, em particular pelas alemãs BMW e Mercedes.
Mas a empresa fez uma aposta forte, ao apresentar oficialmente seu CTS-V, um sedã esportivo, com "impressionantes" 640 cavalos de potência e capaz de atingir os 320 km por hora.
Admitindo que a Cadillac, hoje de propriedade da General Motors, perdeu terreno - a empresa sofreu "algumas adversidades, é claro", afirmou seu diretor, Johan de Nysschen -, a marca ícone está determinada a reconquistar a liderança.
Segundo Nysschen, a Cadillac está lançando "um produto ofensivo", que desafiará seus concorrentes em diferentes segmentos de mercado e exigirá um investimento de US$ 12 bilhões.
"Isto não é apenas retórica", declarou a centenas de jornalistas no Salão Internacional do Automóvel norte-americano, um dos mais conceituados do mundo.
"É um plano abrangente que começa com grandes produtos. Nós estamos aqui para abalar o status quo", acrescentou.
"Esta marca de 112 anos está se reinventando", acrescentou.
A Cadillac tem muito trabalho de atualização a fazer se quiser reivindicar seus dias de glória.
Suas vendas caíram 6,3% no ano passado na América do Norte, em um mercado de luxo que é altamente competitivo.
Mas Nysschen estava compreensivelmente ansioso por acentuar o lado positivo, ao afirmar que a Cadillac está arrasando na China, onde suas vendas cresceram 47% ano ano passado, a 74.000 unidades.