Neste fim de semana, uma importante página foi escrita para o automobilismo norte-americano e mundial: Helio Castroneves anunciou que passa a ser sócio da Meyer Shank Racing e só correrá as 500 Milhas de Indianápolis em 2024 na IndyCar, buscando a sua quinta vitória na prova.
Depois de tantos anos ininterruptamente, Castroneves deixa a categoria que ajudou a projetar e se projetar de modo integral. Como ele mesmo quis deixar claro, não significa que a aposentadoria: a Meyer Shank tem o programa do IMSA, que exige menos do que a IndyCar e tantas outras janelas que aparecem (a brazuca Stock Car foi citada neste bolo).
Infelizmente, por muitos anos, a cultura de automobilismo brasileira foi voltada para que os Estados Unidos não tinham corridas boas, que só sabiam virar para a esquerda, um lugar para onde pilotos em fim de carreira iria e outras coisas menos citadas.
Após perseguir o sonho da F1, Helio foi para os EUA, com uma ótima bagagem. E aos poucos foi montando todo seu legado. Castro Neves se tornou Castroneves para ajudar e até dançarino na TV foi (e vencendo ainda!) e cada vez um brasileiro americanizado. Mas que mesmo assim, nunca esqueceu suas raízes de Ribeirão Preto.
Vencer 4 vezes a Indy 500 é uma tarefa que poucos conseguem e somente por isso já valem muitas lantejoulas. Mas mostrar competência pilotando diversos tipos de carro e ainda com resiliência em relação aos fatos fora e dentro da pista (a sabotagem e a armação argentina no Sul-Americano de F3 em 1993, o caso de julgamento de impostos) ajudaram a forjar este personagem, que ainda terá o devido reconhecimento do público.
Tenhamos agora o prazer de ver esta nova fase de Helio Castroneves e aproveitar suas atividades em pista. É sempre tempo de ver um dos grandes em ação e reconhecer seus feitos em plena atividade, mesmo citado carinhosamente como “Helinho”.