Relembre as principais conquistas de Gil de Ferran, morto aos 56 anos após parada cardíaca em pista

Ex-piloto ganhou destaque nas pistas ao conquistar duas vezes a Fórmula Indy, mas também fez sucesso em outras categorias do automobilismo

30 dez 2023 - 16h23
(atualizado às 17h06)
Gil de Ferran celebra vitória na 87ª edição do Indianapolis 500 em 2003
Gil de Ferran celebra vitória na 87ª edição do Indianapolis 500 em 2003
Foto: REUTERS/Peter Jones PJ/SV

O ex-piloto Gil de Ferran morreu aos 56 anos na sexta-feira, 29, vítima de uma parada cardíaca enquanto pilotava em um clube privado no estado americano da Flórida. O franco-brasileiro encostou nos boxes da pista logo após passar mal e chegou a ser socorrido com vida para o hospital, porém não resistiu.

A trajetória vitoriosa do filho de Luc de Ferran, engenheiro mecânico francês, começou cedo no automobilismo. Assim como muitos pilotos de sucesso, ele iniciou no Kart. Em seguida, em 1987, conquistou a Fórmula Ford. Quatro anos mais tarde, em 1991, começou a correr na Fórmula 3 e não demorou muito tempo para que ele fosse campeão: apenas um ano depois.

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Entre 1993 e 1994, passou a correr na Fórmula 3000. Nesse período, tentou ingressar na Fórmula 1, mas ao realizar testes pela Arrow, bateu a cabeça em um caminhão. Os ferimentos decorrentes do incidente fizeram com que ele não fosse adiante.

Ferran, porém, ainda estava prestes a entrar para a história como um dos maiores nomes do automobilismo brasileiro de todos os tempos. Em 1995, após se mudar para os Estados Unidos, entrou para a CART, atual Fórmula Indy. O destaque na categoria veio aos poucos: venceu a última corrida da temporada, realizada no circuito de Laguna Seca, e conquistou o prêmio de novato do ano. Dois anos depois, foi vice-campeão.

Em 2000, após o vice-campeonato e vitórias em provas, Ferran conquistou pela primeira vez o título da Fórmula Indy. Repetiu a dose no ano seguinte, sagrando-se, portanto, bicampeão. Seu nome ficou marcado de vez na história da categoria em 2003 ao vencer as tradicionais 500 Milhas de Indianápolis, cuja disputa teve ainda no pódio a presença dos também brasileiros Helinho Castroneves e Tony Kanaan. No mesmo ano, deixou as pistas.

Os bastidores foram a última casa de Ferran antes de sua morte. Trabalhou na McLaren, onde foi diretor esportivo de 2018 a 2021. Mesmo após deixar o cargo, foi chamado de volta para a escuderia e foi consultor durante sua reestruturação na Fórmula 1.

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