Para alegria de muitos, a F1 chega ao Brasil e, principalmente, em Interlagos. A pista pode ser curta (é a 2ª mais curta entre os circuitos da temporada, só ficando atrás de Monaco), mas sua combinação de curvas e variações de altura fazem que seja uma das preferidas dos pilotos e onde tem entregue uma das melhores provas de cada ano. Além de ser um dos poucos lugares onde a Sprint Race realmente funcionou.
As equipes normalmente tem uma equação interessante para resolver quando chegam em São Paulo: é uma das poucas pistas anti-horário; tem que ajustar também os motores em relação à altitude (é menos problemático do que no México, mas 700 metros ainda impactam na alimentação e refrigeração, tirando cerca de 7 a 10% da potência) e achar o ponto certo das asas para utilização, já que o miolo exige um bom apoio aerodinamico, mas é preciso velocidade a partir da subida da Junção e ainda na primeira parte da pista, até o final da Reta Oposta.
Para este ano, a equação ficou muito mais complicada: Após muitas reclamações, a pista recebeu um recapeamento completo após 10 anos. A Pirelli teve dados preliminares do asfalto, mas não teve informações efetivas de comportamento. Para completar, será um final de semana com Sprint Race (1 único Treino Livre na sexta) e a fornecedora optou por trazer a gama mais macia para Interlagos.
Ano passado, a Pirelli optou por trazer a gama intermediária (C2/C3/C4) e tivemos duas paradas de box. Para este ano, além da gama mais macia, a Pirelli iniciará com uma pressão ligeiramente mais alta e uma configuração de câmber menos inclinada (ou seja, mais contato da borracha com o solo). Aparentemente, o asfalto é menos abrasivo, embora tenhamos a perspectiva de tempos mais baixos. Só que a ameaça de chuva sempre paira e com pouca borracha...
Para a felicidade do público, são elementos que deixam o GP de São Paulo mais atrativo. Mas pilotos e equipes tem mais coisas para se preocupar...