Lewis Hamilton venceu o GP da Espanha pela Mercedes, neste domingo, conseguiu a quarta vitória seguida e tirou das mãos do companheiro alemão Nico Rosberg a liderança do Mundial de Pilotos da Fórmula 1.
Foi também a quarta dobradinha consecutiva da Mercedes, além da quinta vitória em cinco corridas da equipe. Hamilton recebeu a bandeirada apenas 0s6 antes do rival.
Em um final apertado de uma corrida sem grandes emoções, Rosberg pressionou Hamilton e ameaçou a sua liderança nas últimas seis voltas.
Hamilton, que agora tem 100 pontos contra os 97 de Rosberg, depois da 26ª vitória da sua carreira, lidera o campeonato pela primeira vez desde 2012, quando estava na McLaren. Soou muito ansioso no rádio, mas se segurou para ganhar pela primeira vez na Espanha.
"Eu não estava rápido o suficiente, Nico estava mais rápido", disse o campeão de 2008, durante a entrevista no pódio.
"Felizmente, fui capaz de mantê-lo atrás."
Rosberg, que disse estar "um pouco nervoso" por ter terminado em segundo novamente. Sua expressão corporal no pódio ao lado de Hamilton mais ou menos confirmou isso. Ele disse que sentiu que poderia ter ultrapassado Hamilton, se tivesse mais uma volta.
"Lewis fez um grande trabalho ao longo do final de semana", disse o alemão.
Daniel Ricciardo foi terceiro pela campeã Red Bull, no seu primeiro pódio da carreira, depois de perder a segunda posição por irregularidades com o combustível na abertura da temporada, em Melbourne, em março.
"Não tínhamos o ritmo da Mercedes. Foi muito legal subir ao pódio e tenho certeza que vou conseguir mantê-lo desta vez", disse o sorridente australiano, que largou em terceiro.
"Ficar solitário em terceiro não foi um resultado ruim, no final."
VETTEL EM QUARTO
O tetracampeão mundial e companheiro de equipe Sebastian Vettel, que largou na 15ª posição depois de receber uma punição de cinco lugares por trocar a caixa de câmbio, terminou o fim de semana com uma ótima quarta colocação.
O alemão de 26 anos chegou à primeira etapa europeia da temporada com um chassi diferente ao das quatro corridas anteriores, nas quais conseguiu apenas um pódio, mas a Red Bull continuou muito longe da Mercedes.
Ricciardo, como o melhor do resto, cruzou a linha 48s3 atrás de Rosberg, com a Mercedes mais uma vez correndo sozinha e colocando volta em todos os outros carros, menos quatro.
Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi um desses ultrapassados por Hamilton, e terminou em sétimo, uma posição atrás do espanhol Fernando Alonso, seu companheiro de equipe --vencedor desta etapa ano passado--, em sexto.
O finlandês Valtteri Bottas conseguiu o quinto lugar para a Williams, enquanto o brasileiro Felipe Massa, da mesma equipe, caiu de nono na largada para a 13ª posição.
O francês Romain Grosjean deu à Lotus seus primeiros pontos na temporada com o oitavo lugar, à frente das Force Indias do mexicano Sergio Pérez e de Nico Hulkenberg, em nono e décimo, respectivamente.
Apenas dois pilotos abandonaram: Jean-Éric Vergne, da Toro Rosso, e Kamui Kobayashi, da Caterham, em uma corrida com 66 voltas que testemunhou a confiabilidade surpreendente dos carros, na nova era de motores V6 turbo.
O venezuelano Pastor Maldonado, que bateu na classificação e começou em último com a Lotus, recebeu uma penalidade de cinco segundos por causar uma colisão com a Caterham de Marcus Ericsson.
(Por Alan Baldwin)
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