"Você vive num medo constante", disse Hamilton, em entrevista ao portal alemão Auto Motor und Sport. "Para as pessoas ao meu redor, não é ruim perder um dia de trabalho. Mas para nós, pilotos, pode ser crucial. Se você perder uma ou duas corridas, o ano acabou", acrescentou.
"Vejo outros atletas que ficam super relaxados com isso e não parecem se importar se entendem. Isso é estranho para mim", completou.
Ainda que as circunstâncias do campeonato de 2020 tenham sido completamente diferentes, o britânico perdeu o GP de Sahkir por justamente ter sido infectado pelo novo coronavírus. Ele foi substituído pelo seu futuro companheiro de equipe, George Russell, que poderia ter terminado numa melhor posição não fosse uma lambança da própria Mercedes.
Hamilton, no entanto, tem péssimas memórias de quando contraiu a doença. O dono do carro #44 explica como a recuperação foi difícil e teve impacto nessa temporada. "A primeira metade desta temporada foi uma das mais difíceis que já experimentei", comentou.
"Tive de lutar muito contra isso. Eu me concentrei no programa de recuperação e no treinamento, usei técnicas de respiração e corri quase todos os dias. Por causa do treinamento mais intensivo, não tive problemas nas corridas mais quentes após as férias de verão. Estou grato por isso. Sinto que finalmente estou livre disso", concluiu.