No início da temporada, fomos surpreendidos com uma das maiores reviravoltas da Fórmula 1: a troca de assentos entre Lewis Hamilton e Carlos Sainz. O heptacampeão foi anunciado como novo piloto da Scuderia Ferrari, ocupando a vaga de Sainz. Enquanto isso, o espanhol passou meses em busca de um novo assento até confirmar sua ida para a Williams Racing.
Apesar da possibilidade de uma rivalidade acirrada entre os dois, o cenário foi marcado pelo respeito mútuo. Sainz declarou diversas vezes que não estava triste com a mudança, ressaltando que ceder seu lugar a um heptacampeão mundial é algo digno de honra. Do outro lado, Hamilton também mostrou empatia, elogiando frequentemente o desempenho e a trajetória de Sainz.
Carlos Sainz manteve uma performance consistente ao longo da temporada, enquanto a Mercedes de Lewis Hamilton pareceu escolher momentos específicos para celebrar a despedida do heptacampeão. No entanto, a decisão da Ferrari de trocar Sainz por Hamilton gerou questionamentos, especialmente após as impressionantes vitórias do espanhol na Austrália e no México, além de outros pódios conquistados ao longo do ano.
Apesar disso, o chefe da Ferrari minimizou as críticas, afirmando que a troca não era motivo de preocupação para a equipe.
Ainda assim, a troca dividiu opiniões no paddock e entre os fãs. Para muitos, as vitórias de Sainz na Ferrari apenas reforçaram o potencial que o espanhol ainda tem a oferecer em uma equipe de ponta. Por outro lado, a chegada de Hamilton à Ferrari é vista como uma aposta na experiência de um piloto que conquistou sete títulos mundiais e que ainda demonstra a capacidade de competir no mais alto nível. E além de tudo, encerrar seu ciclo na equipe mais tradicional na Fórmula 1.
James Vowles destacou que, embora Franco Colapinto tenha sido considerado para a vaga, a prioridade da Williams é contar com pilotos experientes, capazes de liderar a equipe em um processo de reconstrução que pode levar até quatro anos. “Carlos é um dos melhores do grid para isso”, afirmou Vowles em entrevista. “Precisamos de dois pilotos que empurrem a equipe para frente, e Sainz é exatamente esse tipo de líder.”
Essa declaração reflete a visão estratégica da Williams, que tem como objetivo sair da parte inferior do grid e se estabelecer novamente como uma força competitiva na Fórmula 1. A combinação de Sainz com Alex Albon, que também demonstrou grande consistência, promete uma parceria sólida para os próximos anos.
Sainz, por sua vez, parece entusiasmado com o desafio. “É uma nova etapa na minha carreira, e estou pronto para dar tudo o que tenho. A Williams tem um grande potencial, e estou confiante de que podemos construir algo especial juntos.”
Enquanto isso, o foco em Abu Dhabi é de encerramento para o espanhol e de expectativas para o futuro. A corrida marcará o fim de uma jornada com a Ferrari e o início de um capítulo repleto de possibilidades com a Williams.
Já Hamilton tem um grande desafio pela frente em 2025: provar que a Ferrari fez a escolha certa ao apostar nele em vez de manter Sainz. Para os tifosi, a expectativa é de que o britânico consiga trazer de volta o título de pilotos, algo que a escuderia não conquista desde 2007, com Kimi Räikkönen.
A última corrida em Abu Dhabi será mais do que uma despedida; será um momento de transição e de reflexão sobre as escolhas que moldarão o futuro de ambos os pilotos e de suas respectivas equipes.