A McLaren tem mostrado ter o carro dominante no fim de semana do GP de São Paulo até o momento. A equipe britânica garantiu a primeira fila na classificação da sprint e viu seus dois carros liderarem a corrida curta de ponta a ponta. O "problema" é que quem vinha puxando a fila era Oscar Piastri, e não Lando Norris, que segue vivo na luta pelo título contra Max Verstappen.
Desde o começo da sprint, Norris andava próximo ao colega e conversava com a equipe sobre a possibilidade de uma inversão de posições. A McLaren se viu em uma saia justa similar à do GP da Hungria, quando também optou por insistir numa inversão que deu a vitória a Piastri, mesmo com Norris na briga.
Voltando a Interlagos, a duas voltas do fim da sprint, Piastri finalmente abriu caminho para Norris, de modo que o britânico garantisse a vitória e um ponto a mais na briga pelo título.
Em entrevista logo após sair do carro, Norris demonstrou certo desconforto com a vitória vinda a troca de posições: "Não estou orgulhoso, o Oscar merecia vencer". Ainda assim, segundo ele, era algo necessário: "Fizemos o que tínhamos que fazer".
Piastri confirmou que o assunto já havia sido abordado nas reuniões internas da McLaren antes da corrida, além de ter ciência da prioridade de Norris a essa altura do campeonato. "Isso já vem sendo conversado há meses. Eu entendo a posição em que estamos. O importante é que conseguimos o máximo de pontos para o time".
Com o resultado, Norris fez dois pontos a mais que Verstappen, levando a distância entre eles para 43 pontos. Verstappen ainda será investigado por uma possível infração no procedimento do safety car virtual e pode perder a 3ª posição – e ficar com um ponto a menos.
Em um campeonato que caminha para uma decisão apertada, um ponto a mais ou menos para um lado ou para outro, pode, sim, ser uma grande diferença.