-r17s2dlvw84z.jpg "Pódio do GP de Thermal Club")
Na tarde deste domingo, no deserto de Coachella Valley, Alex Palou, da Chip Ganassi Racing, mostrou mais uma vez por que é o atual bicampeão da IndyCar. Com uma estratégia de pneus brilhante e uma pilotagem precisa, o espanhol superou o domínio inicial de Pato O'Ward, da Arrow McLaren, para vencer o Thermal Club IndyCar Grand Prix, garantindo sua segunda vitória consecutiva na temporada de 2025. A corrida, disputada em um traçado de 3,067 milhas e 17 curvas, atraiu cerca de 5 mil espectadores sob um calor de 32°C e marcou a estreia do evento como uma prova regular do campeonato.
O'Ward, que largou na pole position, sua primeira desde 2022, liderou impressionantes 51 das 65 voltas, ditando o ritmo com seu carro #5 da Chevrolet. Ao seu lado na primeira fila, o companheiro de equipe Christian Lundgaard também se destacou, mantendo a dobradinha da McLaren nas primeiras posições por grande parte da prova. No entanto, a decisão estratégica da equipe de Palou, liderada pelo estrategista Barry Wanser, mudou o rumo da corrida. Optando por guardar os pneus alternativos Firestone (mais macios e aderentes) para o stint final, Palou saiu dos boxes na última parada com um déficit de 11 segundos para O'Ward, que calçava pneus primários novos. O que se viu a seguir foi uma perseguição eletrizante.
A partir da volta 50, Palou começou a reduzir a vantagem de O'Ward em um ritmo impressionante. Na volta 56, após uma batalha intensa com Lundgaard pelo segundo lugar, o espanhol tomou a liderança ao ultrapassar O'Ward no final da reta oposta. Dali em diante, Palou abriu uma vantagem confortável, cruzando a linha de chegada com 10,1854 segundos à frente do mexicano, em uma demonstração de domínio que consolidou sua 13ª vitória na IndyCar e o início perfeito na temporada, com duas vitórias em duas corridas.
“Foi um fim de semana incrível. Tivemos um carro muito rápido desde os treinos, e a equipe executou tudo perfeitamente”, celebrou Palou, elogiando o trabalho da Chip Ganassi Racing e do carro #10. “Guardamos os pneus alternativos para o final, apostando na vitória, e deu certo”, completou Wanser, o cérebro por trás da estratégia vencedora.
O'Ward, que liderou a maior parte da corrida, lamentou a escolha tática que o deixou em segundo: “Perdemos essa. É fácil ser esperto depois que tudo acontece”. Lundgaard completou o pódio em terceiro, garantindo um resultado sólido para a Arrow McLaren. Colton Herta (Andretti Global), Felix Rosenqvist (Meyer Shank Racing) e Will Power (Team Penske), que largou em 21º, fecharam o top 6, enquanto Marcus Armstrong, Kyle Kirkwood, Alexander Rossi e Scott Dixon completaram os dez primeiros.
A prova transcorreu sem bandeiras amarelas, com poucos incidentes. Na largada, Scott McLaughlin (Penske) e Devlin DeFrancesco (PREMA Racing) se tocaram e rodaram, enquanto Callum Ilott (PREMA Racing) precisou trocar o bico após acertar o companheiro Robert Shwartzman. McLaughlin ainda enfrentou problemas de superaquecimento no sistema híbrido e abandonou, sendo o único a não completar a corrida. Marcus Ericsson (Andretti Global) também teve dificuldades, saindo da pista em dois momentos, mas seguiu até o fim.
O Futuro do Thermal Club na IndyCar
Fora das pistas, dirigentes da Penske Entertainment e do Thermal Club já discutem o retorno da IndyCar em 2026. Bud Denker, presidente da Penske Corporation, e Nicholas Rhoades, gerente geral do Thermal, concordaram em avaliar o evento após a corrida para definir os próximos passos.
Rhoades sugeriu uma possível mudança no traçado, ampliando-o para 4,2 milhas com curvas mais rápidas – alcançando velocidades de até 290 km/h – e oferecendo mais espaço para arquibancadas e novos espectadores. “Queremos olhar para o evento como um todo e decidir o que vem a seguir, talvez com um formato diferente”, afirmou Rhoades.
Com essa vitória, Palou reforça sua posição como favorito ao tricampeonato consecutivo, enquanto a IndyCar segue para sua próxima etapa, o clássico Acura Grand Prix of Long Beach, em 13 de abril.
