Lawrence Stroll vende participação da Aston Martin na F1, mas reforça compromisso com a marca

Acordo promete injetar milhões na fabricante britânica e garantir presença duradoura no grid da F1.

1 abr 2025 - 13h17
(atualizado às 13h17)
Foto: Esporte News Mundo

O universo da Fórmula 1 foi sacudido com a revelação de que Lawrence Stroll, presidente da Aston Martin, decidiu vender a participação minoritária que a montadora britânica possui na equipe de Fórmula 1. Mas antes que os alarmes soem: a equipe de corrida não está indo embora. Pelo contrário. O movimento, segundo Stroll, visa fortalecer a presença da marca a longo prazo — tanto nas pistas quanto nas ruas.

Apesar do impacto que a notícia pode causar nos fãs mais atentos, o empresário canadense foi direto: "Essa mudança não afeta em nada o acordo de patrocínio a longo prazo da Aston Martin com a equipe de Fórmula 1". A mensagem é clara — a grife britânica de luxo continua firme no grid e com projetos ambiciosos.

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Uma relação de nomes, mas com estruturas diferentes

Pode parecer confuso para quem não acompanha o backstage da F1, mas vale explicar: a marca Aston Martin e a equipe de Fórmula 1 que carrega o mesmo nome são entidades distintas. Enquanto a escuderia é operada separadamente, a fabricante de carros de luxo detém uma fatia minoritária estimada em £74 milhões (cerca de R$ 552 milhões). Além disso, mantém um contrato de patrocínio que garante visibilidade global na principal vitrine do automobilismo.

Com as recentes dificuldades enfrentadas pela indústria automotiva — agravadas pelas tarifas de importação impostas pelos EUA durante o governo Trump — Stroll decidiu redirecionar seus esforços. A ideia é clara: focar onde ele acredita haver maior retorno estratégico.

Investimento bilionário e reforço no controle da marca

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A venda da participação na equipe de F1 será acompanhada por um aporte adicional de £52,5 milhões (R$ 388 milhões), elevando o montante total movimentado para cerca de £125 milhões (R$ 932 milhões). Com isso, o próprio Stroll, por meio do consórcio Yew Tree, aumentará sua participação na fabricante para cerca de um terço do capital da Aston Martin.

"Estou satisfeito em demonstrar claramente meu apoio e comprometimento inabaláveis com a Aston Martin", declarou Stroll. Segundo ele, desde 2020, o consórcio já investiu cerca de £600 milhões (R$ 4,4 bilhões) na marca — um número que mostra o quanto ele acredita no potencial da fabricante, mesmo diante das adversidades.

O futuro no grid está garantido

Mesmo com a venda da participação, Lawrence Stroll garantiu que a Aston Martin continuará na Fórmula 1 por muitos anos. "O lugar da Aston Martin no grid está mais seguro do que nunca", afirmou ele, reforçando que o patrocínio segue intacto e com planos robustos.

A marca britânica, que já vinha buscando reestruturações e novos caminhos para voltar à lucratividade, agora tem fôlego extra para investir tanto na produção de veículos quanto na performance nas pistas.

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Aposta no luxo, tradição e velocidade

O reposicionamento da Aston Martin mira consolidar sua imagem de luxo e desempenho, dois pilares fundamentais da marca. A permanência na Fórmula 1 garante um palco perfeito para essa construção — onde glamour, engenharia e tradição andam lado a lado.

Enquanto muitos podem enxergar essa movimentação como um sinal de fraqueza, Stroll transforma a narrativa: é uma aposta firme em crescimento, longevidade e prestígio. Uma jogada digna dos grandes nomes do paddock.

O jogo continua - com o volante nas mãos certas

Em meio a um cenário global de incertezas e transformações, a Aston Martin reposiciona suas peças no tabuleiro — e Lawrence Stroll deixa claro que ainda está no comando. Com mais poder na montadora e a confiança renovada na F1, a próxima volta promete emoção.

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