Como um raio, ela está de volta: a Fórmula E começa sua Temporada 11 e cheia de novidades e desafios. Depois de vários anos, a categoria volta a ser interanual de fato: após bater ponto em São Paulo em março na Temporada 10, a pista do Anhembi recebe os elétricos para iniciar a nova temporada.
Em um momento em que os carros elétricos estão em discussão sobre viabilidade, especialmente na Europa, a categoria tenta manter o seu crescimento perante ao público e traz muita coisa nova na parte técnica,
O pacote é grande: uma atualização do carro, o Gen 3 Evo, que conta com uma aerodinâmica revisada, pneus Hankook mais aderentes e ainda o uso efetivo do trem de força dianteiro para gerar potência (até o ano passado, ele só servia para recuperar energia).
Basicamente, estas mudanças fizeram que o carro da Fórmula E tivesse um arranque mais rápido do que um F1 (0 a 100 km/h em 1,86 segundos), além de transformar o carro em tração integral (os dois eixos gerando energia). E a grande novidade que se espera que possa ser introduzida ainda em São Paulo: a recarga de ataque.
Esta solução era prevista para a temporada passada. Porém por conta de uma série de questões técnicas, agravadas por um principio de incêndio nos treinos de pré-temporada em Valência (Espanha), a organização, em conjunto com os times, julgou melhor testar um pouco mais.
Resumindo, a ideia é acabar com o modo ataque e introduzir esta carga extra na bateria (cerca de 600 kW), que seria recarregada em cerca de 30 segundos, e permitiria usar toda a potência prevista pelo pacote (350kW, pouco mais de 475cv).
O objetivo é aumentar a velocidade das provas e permitir também uma maior disputa entre os pilotos, já que desde a introdução deste novo carro, o Gen3, as provas se caracterizaram pela corrida em bloco, com todos buscando aproveitar o vácuo para diminuir o uso de energia e decidir nas voltas finais.
Para esta temporada, a categoria conta com 11 equipes: as maiores mudanças foram a chegada da Lola/Yamaha assumindo o lugar da ABT e a Kiro Racing, por conta de mudança de dono, é o novo nome da ERT. De resto, mantivemos os times da temporada anterior: Porsche, Jaguar, DS Penske, Maserati, Andretti, McLaren, Mahindra e Envision.
Em termos de pilotos, a Porsche segue com o campeão Pascal Wehrlein e com António Felix da Costa; Jake Hughes saiu da McLaren e foi para a Maserati, onde tem Stoffel Vandoorne como companheiro. Que saiu da DS Penske, sendo substituído por Max Gunther. Lucas Di Grassi é o piloto da Lola/Yamaha, tendo o jovem Zane Maloney ao seu lado. Sergio Sette Camara, que estava na ERT, foi substituído por David Beckmann (piloto Porsche, que passou a ser a fornecedora de trem de força do time), que tem o remanescente Dan Ticktum.
Envision, Jaguar e Mahindra seguem com seus pilotos: Buemi e Frinjs, Nick Cassidy e Mitch Evans e Nick De Vries e Edoardo Mortara.
Além de São Paulo, a Fórmula E terá mais 15 etapas, sendo 6 duplas (Jedá, Monaco, Tóquio, Xangai, Berlim e Londres). Etapas simples serão Cidade do México, Miami e Jacarta. A temporada será transmitida no Brasil pela Band, BandSports e Grande Prêmio (YouTube)
As atividades da Fórmula E no Anhembi começam nesta sexta, a partir das 17h, com Treino Livre 1. No sábado, temos o Treino Livre 2, que começa às 7:30h, e a Classificação às 9:40h. A corrida tem previsão de largada às 14:05h.