Desde o momento em que a VICAR anunciou que a Stock Car passaria a usar modelos SUV a partir de 2025, uma grande curiosidade apareceu entre o publico. Embora a TC2000 argentina tivesse dado algumas pistas do que poderia acontecer, os brasileiros foram por um caminho diferente.
Inicialmente, Chevrolet e Toyota mostraram seus modelos ainda em projeções. Ao longo deste ano, os carros foram devidamente apresentados em sua versão quase definitiva: inicialmente, a Chevrolet Tracker e depois veio o Toyota Corolla Cross.
Ficou faltando a Mitsubishi, terceira marca da Stock Car 2025 e que faz o seu retorno após quatro temporadas com a bolha do Lancer (2005 a 2008). Desde a confirmação oficial, os japoneses disseram que entrariam com o Eclipse Cross. Mas havia muita dúvida de como viria esta versão de pista.
O mistério foi desfeito neste sábado em Interlagos, quando foi feita a apresentação oficial do carro, com a presença do CEO da Mitsubishi Motors brasileira, Mauro Luis Correia Moreira, e do promotor da Stock, Lincoln Oliveira. “É uma sensação incrível levar nossa marca de volta ao grid da Stock Car. Ainda mais nesse momento de revolução tecnológica da categoria. É o momento certo para entrarmos para valer”, disse Mauro Luis Correia, CEO da Mitsubishi Motors. “A Stock Car é uma plataforma importante para as fabricantes presentes no Brasil e será o ambiente ideal para destacarmos a esportividade e paixão que fazem parte do DNA da nossa marca. O Eclipse Cross Stock Car ficou não apenas lindo, mas também inspirador para quem curte automobilismo. Esperamos entrar para competir em alto nível já em nossa temporada de estreia e essa motivação com certeza vai contagiar os fãs da marca. Bora acelerar!”, completou o executivo.
"É uma honra extraordinária para a categoria receber uma terceira fabricante de prestígio internacional. A apresentação do Eclipse Cross nos encheu de entusiasmo e 2025 promete um espetáculo único com estas três potências da indústria automotiva disputando cada volta", declarou Lincoln Oliveira, controlador da Vicar e promotor da Stock Car. “A estreia dos novos carros na próxima temporada tem gerado uma expectativa sem precedentes. O retorno da Mitsubishi às pistas representa um momento histórico para o automobilismo nacional. Os fãs podem se preparar: teremos um espetáculo memorável nas pistas", completou Oliveira.
Como os outros modelos, o Eclipse Cross usará a base desenvolvida pela Audace, o SGN001, e vem passando por extensivos testes de maneira a estar pronto para quando a temporada 2025 da Stock começar em maio.
Ficha técnica do Mitsubishi Eclipse Cross Stock Car
Motor: Audacetech
Especificação: quatro cilindros, 2,1 litros, turboalimentado, 16 válvulas e injeção eletrônica, 500 cv (7.600 rpm). Torque 580 Nm (de 4.000 a 6.800 rpm). RPM máximo: 7.600
Eletrônica: Fueltech (Brasil)
Painel: Fueltech FT700 Plus
Peso: 1.100kg (2kg por cv)
Câmbio: XTrac (Inglaterra) modelo P1529, sequencial e semiautomático, seis marchas, é acionado pelo piloto, mas o mecanismo gerencia o engate. Trocas acionadas por borboletas no volante. Tração traseira
Suspensão: independente nas quatro rodas. Triângulos sobrepostos (“duplo A”). Sistema pushrod. Amortecedores reguláveis de competição
Amortecedores: Penske Racing (EUA)
Conectividade: Qualcomm Snapdragon 5G, com sensorização de diversas funções do carro
Visibilidade: câmeras integradas ao chassi com visão dianteira e traseira, além de câmera 360 graus interna. As duas primeiras disponíveis no display do piloto. As três usadas em transmissão de prova e app
Aerodinâmica: SUV ajustada para competição, DRS (asa móvel em fibra de carbono)
Projeto: Audacetech, ArcelorMittal, IPT e SENAI
Carroceria: Mitsubishi Eclipse Cross Stock Car. Material compósito (incluindo fibra de carbono, fibra de vidro, aramida e kevlar), simulações e testes. Fabricação Magna Compósitos (Brasil)
Chassi: aço DP980R ArcelorMittal, da família de Aços Avançados de Alta Resistência, chancela IPT. Homologação CBA
Entreeixos: 2.750 mm
Freios, dianteiros e traseiros: discos ventilados especiais Hipper Freios, pastilhas Cobreq (de competição), com pinças de competição AP Racing (Inglaterra). Seis pistões na dianteira e quatro na traseira
Direção: sistema pinhão/cremalheira, acionamento elétrico
Simulação computacional: IPT e Siemens
Fabricação e prototipagem: ESPAS (Brasil) e Audacetech
Elementos de competição (motor e suspensão): MTR (Brasil)
Volante: Grid Engineering (Holanda), modelo Stock Car
Rodas: Mangels, liga leve, medidas 11,5 x 18 polegadas (diâmetro x largura)
Pneus: Hankook (Coreia do Sul) medidas 300-680x18
Combustível: Gasolina Podium
Tanque: instalado em cofre de fibra de carbono, é um contêiner de borracha deformável e resistente desenvolvido especialmente para competição, seguindo a classificação standard FT3 da FIA. Válvula de segurança anticapotagem e capacidade ajustável
Segurança: estrutura tubular em aço DP980R ArcelorMittal, proteção antichama por paredes corta-fogo com chapas de alumínio e revestimento resistente ao calor, estruturas do tipo crash box na dianteira e traseira em alumínio para absorção de impacto. Estruturas laterais em carbono, kevlar e aramida para absorção de impacto e dissipação de energia. Banco do piloto projetado e fabricado nos EUA com certificação FIA