Tic-tac para o início da nova temporada da NBA. Falta pouco para o fã da NBA voltar a ser feliz. Setembro foi o último mês sem jogos do melhor basquete do mundo e se você perdeu o que aconteceu durante o mês, o Terra conta para você. A temporada de 2024/25 da NBA volta, oficialmente, no dia 22 de outubro. Com menos de 30 dias para o início da próxima temporada, as franquias seguem se movimentando e realizando os últimos ajustes antes da estreia.
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Prata em Paris de Casa Nova
Em meia à inter-temporada, os Jogos Olímpicos em Paris ainda seguem repercutindo. Finalista e medalhista de prata pela seleção francesa, o ala Evan Fournier selou a saída da NBA após 12 temporadas e acertou com o Olympiacos, da Grécia. Fournier defendeu o New York Knicks na última temporada sem muito protagonismo. Com poucos minutos em quadra, o francês foi trocado para o Detroit Pistons.
A franquia de Michigan, no entanto, decidiu não exercer a opção de renovação contratual do jogador. Assim, o francês retorna ao basquete europeu, após mais de uma década na NBA. Fournier foi selecionado na primeira rodada do Draft de 2012 pelo Denver Nuggets, e teve passagens pelo Orlando Magic e Boston Celtics, antes da temporada derradeira em Nova York e Detroit.
Curry Patrão e LeBron Olímpico Alternativo
De fato vivemos uma troca de gerações na NBA. Nomes que nos acostumamos a ver em quadra estão deixando a cena do melhor basquete do mundo. Não é preciso dizer que astros como LeBron James e Steph Curry, protagonistas do ouro olímpico em Paris, vivem os últimos atos pelas quadras da NBA. Curry, aliás, já pensa nos próximos passos quando se aposentar.
A estrela do Golden State Warriors revelou que deseja seguir os passos de Michael Jordan e adquirir uma franquia da NBA no futuro. Curry evita falar em aposentadoria, mas sabe que o ciclo está chegando ao fim. O armador tem contrato até a temporada de 2026/27 e até lá, o torcedor pode esperar o brilho do jogador em quadra. No futuro, Curry espera se juntar ao grupo de ex-jogadores sócios de franquias como Grant Hill (Atlanta Hawks); Shaquille O’Neal (Sacramento Kings); Dwyane Wade (Utah Jazz); e Magic Johnson (Los Angeles Lakers) - todos possuem ações minoritárias em diferentes franquias.
LeBron James é outro que vislumbra novas possibilidades quando for a hora de parar. Ainda sob a esteira das Olimpíadas, o Rei acredita que poderia ganhar medalhas olímpicas nas modalidades de salto em altura e salto em distância. Segundo o astro dos Lakers, alguns meses de preparo seriam necessários, mas ele entende que teria a capacidade física e atlética para levar outras medalhas na bagagem. O que esse homem não seria capaz de fazer?
Hack-a-Shaq
Mas voltando ao basquete, Shaquille O’Neal voltou a ser destaque nos noticiários pelas falas polêmicas no mês de setembro. Shaq criticou o francês Rudy Gobert e afirmou que o pivô é o pior jogador de todos os tempos. Segundo o ex-pivô e membro do Hall da Fama, Gobert deveria entregar em quadra o que seu contrato de US$ 250 milhões indica.
E não parou por aí.
Shaq ainda disse que não vê Victor Wembanyama com futuro de dominância na NBA. Ainda que o francês tenha 2,25 m de altura, o ídolo dos Lakers gostaria de ver mais presença no garrafão do que Wemby mostrou na última temporada.
Gostava mais do Shaq na linha de lance livre. Brincadeirinha...
Janela de Transferências
Polêmicas à parte, a liga ainda viu movimentações importantes com a renovação de alguns jogadores. O ala Jamal Murray acertou a permanência no Denver Nuggets por mais quatro temporadas - acordo que vai render ao canadense mais de US$ 200 milhões no período. Já o Cleveland Cavaliers trouxe J.T. Thor, após sucesso com a seleção do Sudão do Sul nos Jogos de Paris 2024.
Medalhista olímpico, o pivô Joel Embiid também selou a permanência na Filadélfia e assinou extensão contratual por três temporadas, no valor de US$ 192 milhões.
No entanto, o negócio que mais chamou a atenção em setembro foi a troca pelo pivô Karl-Anthony Towns, realizada pelo New York Knicks. A franquia da Big Apple cedeu Julius Randle e Donte DiVincenzo para o Minnesota Timberwolves, além de escolhas de Draft pelo jogador quatro vezes All Star.
Towns foi parte fundamental do elenco que alcançou as finais da Conferência Oeste na última temporada, caindo diante do Dallas Mavericks depois de eliminar o então atual campeão da NBA, Denver Nuggets, formando uma dupla prolífica no garrafão com o francês Rudy Gobert. Teve médias de 21,8 pontos; 8,3 rebotes e 41,6% de aproveitamento na bola tripla.
Do outro lado, Randle passou boa parte de 2023-24 afastado por conta de lesões. O pivô disputou apenas 46 jogos. Mesmo assim, também foi selecionado para o All-Star Game, mas acabou não atuando.
DiVincenzo será uma perda sentida para os fãs dos Knicks. Um dos jogadores mais queridos pelos torcedores, fazia parte da legião de atletas do elenco que foram bicampeões nacionais (2016 e 2018) pela Universidade de Villanova na NCAA, ao lado de Jalen Brunson, Josh Hart e, mais recentemente, Mikal Bridges.
Ainda teve dirigente arrependido de decisões do passado. Vlade Divac, ex-general manager do Sacramento Kings, teve a chance mas deixou passar Luka Doncic. No Draft da NBA de 2018, a franquia da Califórnia optou por selecionar Marvin Bagley III. Divac se justificou pela decisão e afirmou que já tinha selecionado De’Aaron Fox no ano anterior, e que disputaria a mesma posição que Doncic na equipe. Hoje, o ex-dirigente revelou certo arrependimento pela escolha, mas disse ainda confiar em Fox como “franchise player”.
Quem terá a camisa aposentada no final da carreira é algo que só o futuro poderá dizer [rs].
Carter Eterno
Realidade concreta para Vince Carter, ídolo do Toronto Raptors. O fato é tão grande para Carter que ele será o primeiro da história da franquia a ter a camisa aposentada. O número 15 jamais será vestido por nenhum outro jogador da equipe canadense.
Carter foi draftado pelos Raptors em 1998 e passou pouco mais de seis temporadas com o time, atraindo muitos holofotes para a franquia de Toronto. Além de ter sido Novato do Ano, Carter foi All-Star em seis oportunidades enquanto jogava no Canadá e levou os Raptors aos primeiros playoffs da curta trajetória até então.
Campeão do torneio de enterradas em 2000 e conhecido pelas acrobacias no ar, Carter teve uma carreira longeva na liga, com vinte e duas temporadas disputadas, tendo influenciado a NBA e principalmente a cidade de Toronto, que mudou a própria relação com o basquete.
Coach Carter - Dunks para a vida...
O fim triste de uma era
Setembro se despediu de uma lenda das quadras. O armador Derrick Rose anunciou a aposentadoria após 15 temporadas. Rose foi o atleta mais jovem da história a conquistar o prêmio de MVP, mas a carreira foi prejudicada por inúmeras lesões. O melhor momento foi, certamente, vestindo as cores do Chicago Bulls. Depois, o jogador ainda passou por New York Knicks, Cleveland Cavaliers, Detroit Pistons e Memphis Grizzlies.
Rose comprovou toda a expectativa após ser selecionado com a primeira escolha geral do Draft de 2008, pelos Bulls. Por lá ficou oito temporadas, com prêmios individuais notáveis como Novato do Ano em 2009 e MVP da temporada regular em 2011, com apenas 22 anos de idade.
As seguidas lesões interromperam a longevidade do jogador, que foi comparado a Allen Inverson em algum momento. Rose se despede da NBA aos 35 anos de idade. Esse dava gosto de ver...