O torcedor botafoguense acordou em 2022 ainda sob reflexos do título da Série B de 2021 e da parceria com um megainvestidor, responsável pela gestão do futebol do clube. No Carioca, embora não tenha chegado à final, os jogos do time foram acalorados por uma torcida vibrante e esperançosa. O Brasileiro começou do mesmo modo e há poucos dias havia até a expectativa de que o Botafogo assumisse a liderança provisória da competição.
Tudo mudou rapidamente. Bastaram um empate e duas derrotas, a última nessa segunda (6), de virada para o Goiás (2 a 1), no Engenhão, para que seus torcedores tomassem um choque de realidade: ainda é muito cedo para buscar objetivos mais nobres. Por enquanto, o Botafogo precisa mesmo é arrumar a casa para se manter na Série A. O que vier além disso é lucro.
Idealizar uma eventual condição técnica e financeira para brigar de igual para igual com Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo pode ser frustrante para os alvinegros. Quem ajudou a lotar o Engenhão nessa segunda, certo de que o Botafogo somaria mais três pontos e deixaria o Goiás para trás, acabou se juntando aos que estavam a seu lado para vaiar a equipe. Foi a primeira grande manifestação de protesto da torcida em 2022.
Quem olha a tabela e vê o Botafogo em 10º sabe que ainda tem muita bola para rolar ao longo do Brasileiro. Os otimistas podem dizer que o Alvinegro está apenas dois pontos distante do G-4, a zona de classificação direta para a Libertadores. Os pessimistas, por sua vez, constatam que também é de dois pontos a distância do Botafogo para o Z-4, a área que reúne os quatro piores, rumo ao rebaixamento.
Na próxima rodada, na quinta (9), o Botafogo vai enfrentar o Palmeiras, fora de casa. Tarefa espinhosa, com resultado previsível. Mas, quem sabe?