A torcida do Botafogo se frustrou na tarde desta quinta-feira (11). O Alvinegro perdeu para o Pachuca por 3 a 0 e não avançou a semifinal da Copa Intercontinental. Agora, quem pode vingar o coração botafoguense é o Al-Ahly. O confronto entre egípcios e mexicanos por uma vaga na final acontece no próximo sábado (14), às 14h.
Os egípcios, assim como os carrascos do Botafogo, também tiveram que vencer uma partida para chegar à semifinal. No final do mês de outubro, o Al-Ahly bateu o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, por 3 a 0, em jogo disputado em Cairo. Na ocasião, os Vermelhos ficaram com a taça da Copa Ásia-África-Pacífico, já que o Auckland City participou anteriormente e foi eliminado pelo clube emirático.
Este foi mais um troféu para a galeria gloriosa do Al-Ahly. O clube é simplesmente o maior da África, com 12 títulos da Liga dos Campeões do continente. Os dois últimos foram conquistados de maneira consecutiva, o que credenciou os Vermelhos a participar da Copa Intercontinental e do Super Mundial de Clubes, no ano que vem.
Além de ser o rei da África, o clube do Cairo também tem grandes números no Egito. O Al-Ahly é maior campeão egípcio, com 44 títulos, sendo atual bicampeão, e também o maior vencedor da Copa do Egito, com 39 taças. Na atual temporada, os Vermelhos estão na quarta colocação da liga nacional, que teve apenas quatro rodadas, com duas vitórias e dois empates.
Na Liga dos Campeões, também apenas dois jogos, uma vitória e um empate. O último confronto antes da viagem para o Qatar foi contra o Orlando Pirates, em Joanesburgo, que terminou empatado sem gols. Anteriormente, o Al-Ahly havia vencido o Stade d'Abidjan, por 4 a 2.
Destaques do elenco
Por ser o maior o time do país, o Al-Ahly concentra uma grande parte dos jogadores que se destacam no Egito. Na última convocação da seleção, para os jogos contra Cabo Verde e Botsuana, seis jogadores pertenciam aos Vermelhos: os goleiros El Shanawy e Mostafa Shobeir, o zagueiro Omar Karbal, os meias Ahmed Nabil e Marwan Attia e o atacante Taher Mohammed.
O clube ainda tem outros destaques em seu elenco, como Eman Ashour, que disputou a última Copa Africana de Nações e marcou nove gols na última temporada. Na atual, seu único gol foi justamente contra o Al Ain.
Outro jogador que chama atenção é o atacante Wessam Abou Ali, dos Emirados Árabes Unidos, que foi o artilheiro do último campeonato egípcio, com 14 gols. Nesta temporada, Mahmoud Kahraba é um dos artilheiros da Liga dos Campeões, com dois gols anotados. Percy Tau, que chamou a atenção na partida contra o Fluminense, no ano passado, está no banco de reservas atualmente.
Torcida
Um dos grandes trunfos do egípcio é sua fanática torcida. Na chegada ao Qatar, na noite da última quarta-feira (10), vários torcedores receberam o time em Doha. Os presentes representaram uma massa que estimam em 25 milhões de pessoas.
No ano passado, cerca de 35 mil pessoas acompanharam a partida contra o Fluminense em Jedá. Se no duelo do Botafogo o estádio estava vazio, com a maior parte de botafoguenses, a expectativa para a semifinal é diferente.
O cenário deve ser parecido com o ano passado. Além da proximidade geográfica entre o Egito e o Qatar, muitos egípcios vivem no país que sediou a Copa de 2022. Com isso, a tendência é que a massa vermelha lote as arquibancadas do Estádio 974.
Retrospecto em mundiais
A eliminação do Botafogo interrompe a sequência de confrontos do Al-Ahly com brasileiros em torneios intercontinentais. Nas últimas quatro edições do Mundial de Clubes, os egípcios enfrentaram times do Brasil. Em 2020 e 2021, o confronto foi contra o Palmeiras, pela disputa de terceiro lugar e pela semifinal, respectivamente. Em 2022 o duelo foi diante o Flamengo, por um lugar no título. No ano passado, o adversário foi o Fluminense, por uma vaga na final.
No Super Mundial do ano que vem, o Al-Ahly tem o Palmeiras mais uma vez em seu caminho. Além do clube paulista, os egípcos estão no grupo com o Porto e o Inter Miami, com quem abrem o torneio no dia 14 de junho.
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