John Textor se aproxima de vender sua parte de time da Premier League por R$ 1,1 bilhão

Negociação é empreendida para resolver problemas financeiros da Eagle Football, holding que controla também o Botafogo e o Lyon

7 jan 2025 - 12h32
(atualizado às 12h32)

Acionista majoritário do Botafogo, John Textor está perto de fechar a venda de sua parte do Crystal Palace por US$ 185 milhões (R$ 1,1 bilhão), segundo informações divulgadas pelo site americano The Athletic. O empresário tem 45% das ações do clube britânico e encaminhou um acordo para vendê-las a um grupo de investidores da Arábia Saudita e dos Estados Unidos.

O grupo é financiado pelos irmãos Mansoor e Haider Syed, sauditas criados nos Estados Unidos. A proposta inicial apresentada por eles ficou abaixo do esperado por Textor, por isso subiram as cifras para chegar a um acordo. Assim que as tratativas entre as duas partes forem finalizadas, restará ainda a aprovação da Premier League para que a venda seja concretizada.

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John Textor, acionista majoritário do Botafogo, encaminhou venda de sua parte do Crystal Palace.
John Textor, acionista majoritário do Botafogo, encaminhou venda de sua parte do Crystal Palace.
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Apesar do acordo, ainda está vivo o interesse do Sportsbank, grupo liderado pelo banqueiro Keith Haris, em investir na Eagle Football, a holding que controla o Botafogo, o Crytal Palace, o Lyon e o RWD Molenbeek, da Bélgica. De acordo com o The Athletic, Harris e seus parceiros não comprariam a participação da Eagle no Palace, mas Textor abriria mão de sua posição no conselho do clube britânico e a Sportsbank tomaria o controle.

"Eu quero estar envolvido em um clube inglês que ganhe campeonatos, no topo da liga. E isso requer assumir riscos que podem igualmente te levar para o caminho contrário. Não sei se essa estratégia necessariamente é correta para o Palace. Deve haver outras pessoas um pouco mais pacientes que eu, e talvez a impaciência não seja necessariamente boa para o Palace", disse Textor em entrevista recente ao The Athletic, para explicar os motivos de tentar vendar o time.

Existem, contudo, razões ligadas à situação financeira da Eagle Football, que registrou um déficit de 25,7 milhões de euros (R$ 170 milhões na cotação atual) ao fim da temporada 2023/24. Segundo a imprensa francesa, a dívida da empresa é de aproximadamente 500 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões).

A situação gerou apreensão para o Lyon. A Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (Ligue 1) que o clube seja impedido de inscrever novos atletas. Caso a diretoria não consiga regularizar a situação ao fim da temporada, em junho de 2025, duras punições serão aplicadas, inclusive o rebaixamento para a segunda divisão.

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Em outubro de 2024, a Eagle anunciou um plano de recapitalização que visa a levantar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,7 bilhões) como parte do processo para entrar na Bolsa de Valores de Nova York no primeiro trimestre de 2025. A maior parte do valor seria para quitar as dívidas da holding, por meio da venda de sua participação no Crystal Palace, e por Oferta Inicial de Ações (IPO, sigla em inglês).

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