Presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio concedeu entrevista coletiva na noite desta terça-feira após decisão da mudança de estádio. Ele contou como recebeu a notícia de que a partida contra o Botafogo, pela semifinal da Libertadores, será disputada no Estádio Centenário.
"Não nos deixaram outra opção. Ou se jogava sem público ou no exterior", disse o mandatário.
"Nós, dirigentes, queríamos jogar essa partida com nossos torcedores e não com portões fechados. Tivemos a recomendação da AUF (federação uruguaia) e do Ministério do Interior (para jogar no Centenário) com torcida. Ideia que obviamente não nos agradou no início, porque era aceitar um precedente de que sairíamos da nossa casa", prosseguiu o presidente.
"Como parte da negociação, dissemos que nos parecia muito injusto que o Botafogo fizesse tudo o que fez no Brasil, nos disseram que há vários expedientes abertos e é algo que os deixa muito ocupados atualmente. Com tudo isso, viriam jogar aqui com sua torcida no Centenário? Como parte da negociação, pusemos como prioridade, também nos garantiram que a partir de quinta-feira estarão presentes no Rio de Janeiro autoridades da AUF, do governo uruguaio, da Conmebol e do Botafogo, se comprometendo para que eles (torcedores presos) retornem o mais rápido possível. E que não se trata apenas do Peñarol contra a polícia brasileira", destacou.
Nacho Ruglio ainda disse que, antes de aceitar a alternativa de jogar no Centenário, consultou a comissão técnica de Diego Aguirre e seus jogadores.
"Voltamos a repetir que não era a solução que queríamos. Mas muitas vezes temos que tomar decisões. Mas as 17h ou 18h da tarde, nos comunicaram que a partida seria retirada do Uruguai ou seria sem público. E a menos pior das soluções era jogar no Centenário. Conversamos como nossos jogadores e comissão técnica, e o que eles queriam era estar com nosso público", concluiu.
Em campo
Botafogo e Peñarol se enfrentam para definir quem será o finalista da Libertadores. O Alvinegro, por sua vez, venceu por 5 a 0 a primeira partida (gols de Savarino, duas vezes, Alexander Barboza, Luiz Henrique e Igor Jesus). Portanto, o clube carioca pode perder por até quatro gols de diferença que chega a sua primeira decisão na competição.
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