Rafael deixou o Brasil em 2007 sem sequer atuar profissionalmente e construiu carreira na Europa. No Velho Continente, fez história ao lado de Cristiano Ronaldo e companhia no Manchester United, da Inglaterra, e viveu grandes momentos no Lyon, da França. Suas atuações o levaram a algumas convocações pela Seleção Brasileira, mas ainda faltava a realização de um sonho: vestir a camisa do clube de coração, o Botafogo.
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O desejo então foi realizado em 2021. Na época com o clube ainda na Série B, o agora ex-lateral-direito aceitou drástica redução lateral e assinou com o Glorioso para a sequência da carreira, que terminou no último domingo, 8, aos 34 anos.
Os três anos em General Severiano foram marcados por momentos bastante distintos. Em 2023, sofreu grave lesão no joelho esquerdo, passou por cirurgia e ficou oito meses longe dos gramados. No retorno, novas lesões o deixaram fora de atividade.
Enquanto estava fora de ação, Rafael viu o Botafogo deixar o título do Brasileirão de 2023 escapar após abrir 13 pontos de vantagem para o vice-líder. Após as decepções do ano passado, Rafael voltou a ser relacionado e participou das campanhas campeãs da Libertadores e da Série A, o que deixou a realização do sonho alvinegro melhor.
“Depois desses dois títulos, foi muito prazeroso. Antes disso ia ser frustrante. Até pelo ano passado, minhas lesões”, disse o ex-jogador ao Terra durante a comemoração do título brasileiro, no gramado do Estádio Nilton Santos.
Muito da coroação do sonho realizado de Rafael se deve à união do grupo e ao trabalho de John Textor, dono da SAF do Botafogo. “Artur Jorge e esse elenco são fod*. John Textor, que fez tudo para ajudar. Contratou e está empenhado. Você vê que ele está envolvido. Quero agradecer a todos eles por eu ter um fim de carreira maravilhoso”, continuou.
Ao falar do elenco, o ex-lateral apontou a humildade dos atletas como um dos diferenciais: “Aqui não tem ego, é cada um com sua função. Claro que cada um tem sua representatividade dentro de campo. O ego não é mais alto que o coletivo. Isso é muito importante para um grupo vencedor. Fora isso, o trabalho que todos fazem junto com o Artur Jorge, de dedicação”.
Já sem o lateral, o Botafogo ainda disputa a Copa Intercontinental nesta semana. A estreia acontece na próxima quarta-feira, 11, contra o Pachuca, do México. Em caso de vitória, o Glorioso enfrenta o Al Ahly, do Egito, na semifinal, e o Real Madrid, da Espanha, se chegar na decisão.
Em toda sua passagem pelo clube de coração, Rafael disputou 40 partidas e conquistou os troféus da Taça Rio (duas vezes) e Série B, além das recentes conquistas da Libertadores e Brasileirão.
Antes da chegada a General Severiano, o ex-atleta vestiu as camisas de Fluminense - apenas nas categorias de base, Manchester United, Lyon e İstanbul Basaksehir, da Turquia. Sua prateleira de troféus também tem três títulos da Premier League, uma Copa da Inglaterra, três da Supercopa da Inglaterra, um Mundial de Clubes, duas Copa da Liga Inglesa e uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres.