Savarino revela que Botafogo não treinou cenário com um a menos

Meia venezuelana ressaltou a coragem de Artur Jorge após a expulsão de Gregore e a postura ofensiva da equipe para ficar com o título

3 dez 2024 - 00h15
Foto: Vitor Silva/Botafogo. - Legenda: Savarino recordou momento em que a confiança cresceu e sensação estranha de ser campeão em cima do Galo / Jogada10

Dois dias após o título da Libertadores, Savarino revelou alguns bastidores da conquista da Glória Eterna pelo Botafogo. Um dos pontos mais recordados foi o momento da expulsão de Gregore, antes do primeiro minuto de jogo. O venezuelano admitiu que o grupo não trabalhou essa situação com um jogador a menos e destacou a coragem de Arthur Jorge em não mudar no ataque.

"Nós não trabalhamos isso, jamais pensamos que em uma final tão crucial como de Libertadores iríamos perder um jogador como o Gregore. Acho que foi no momento. O time foi muito corajoso, tivemos sabedoria para lidar com o momento. A chave foi que fomos muito ofensivos no ataque. Isso nos ajudou muito. A mentalidade do grupo estava muito forte para o momento", reforçou em entrevista ao programa Boleiragem do Sportv.

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Outro ponto que o meia relembrou foi após a expulsão do Gregore, na conversa liderada por Marlon Freitas. Savarino enfatizou a confiança que o time adquiriu no momento e de como isso cresceu ao longo da partida.

"O Marlon Freitas reuniu todos os jogadores e falou ' amigos, se for desse jeito, desse jeito vamos ganhar'. Isso passou uma confiança para todos nós, a gente pegou muito grande. Tudo começou quando o Luiz Henrique fez o gol, ali senti que poderíamos ganhar. O gol de pênalti deu ainda mais confiança. Depois sofremos o 2 a 1 e logo se pensa que eles vão com tudo para cima, vai ser mais forte ainda. Mas deu tudo certo, o treinador ajustou bem o time e ganhamos um título muito importante, não só para a nossa carreira, mas para toda a torcida do Botafogo", enfatizou.

Relação com o Galo

Antes de chegar ao Botafogo, Savarino ficou duas temporadas no Atlético-MG, onde conquistou o Brasileiro e a Copa do Brasil. O meia garantiu que não há gosto especial, mas estranho, por enfrentar os antigos companheiros.

"Não tem gosto especial. Tenho muito respeito pelo Atlético, tudo que eu conquistei pelo Atlético. Desfruto deste momento especial na minha carreira. Mas é uma sensação estranha jogar contra jogadores com quem você jogou, companheiros com quem você teve momentos de tristeza e alegrias, com quem você conquistou títulos", descreveu.

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Outro ponto que envolveu o antigo time foi a confusão na partida do Brasileiro, dez dias antes da decisão. Savarino destacou que isso foi recordado pela equipe, mas como incentivo para jogar ainda mais.

"Falamos muito nisso, mas para nós jogarmos mais bola do que qualquer briga. Nós somos um time que buscamos jogar, e não cair nesta cera, nessa briga que o Atlético quis trazer para nós. Nós frizamos que queríamos jogar mais bola e ganhar o jogo", pontuou.

Confiança após vitória contra o Palmeiras

Um momento crucial para a conquista foi a vitória contra o Palmeiras, três dias antes da conquista da Libertadores, que colocou o Botafogo de novo na liderança. Savarino destacou a força do elenco e a confiança que o triunfo do Allianz Parque para o jogo em Buenos Aires.

"Nós sabíamos que era um jogo muito importante no campeonato. Nós vínhamos de três empates seguidos, já o Palmeiras estava perto, já tinha passado à frente.  Mas nós sabíamos o grupo que a gente tinha, que podiamos ir lá e ganhar o jogo. Isso nos deu muita confiança na final da Libertadores para ganhar o título tão esperado", enfatizou.

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E o Rei da América?

Savarino era um dos candidatos ao título de Rei da América, mas o prêmio ficou com Luiz Henrique. O meia garantiu que não ficou chateado com a derrota e ainda valorizou a temporada que o companheiro de equipe fez.

"Luiz tem sido um dos nossos melhores jogadores do ano. Acho que ele também merecia. Não falo que eu não merecia, mas se ele ganhou eu fico feliz por isso. Ele merece, porque ele tem feito um ano muito bom, em um nível muito alto", ressaltou.

Relacionamento com Textor

O venezuelano também comentou sobre a relação que possui com o dono da SAF do Botafogo, John Textor. Savarino destacou que o relacionamento que há com o empresário norte-americano passa uma confiança para o elenco.

"O Textor é mais que um presidente, é um amigo. O jeito que ele nos visita, vai nos treinos, vai nos jogos, isso nos transmite muita confiança. Ele foi o cara que ligou para mim quando vim para cá, uma pessoa extraordinária, para nós é algo muito importante. Espero que a gente continue dando alegrias para ele", desejou.

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Virada de chave

Agora, o Botafogo entra em campo para decidir o título brasileiro. Nesta quarta-feira (04), o Alvinegro pode ficar com a taça caso vença o Internacional, em Porto Alegre, e o Palmeiras tropece contra o Cruzeiro. Savarino pontuou que é necessário mudar o chip.

"Temos que trocar o chip, como fala o treinador. Festejamos em Buenos Aires, festejamos quando chegamos aqui no Rio. Agora já estamos pensando no jogo contra o Internacional, amanhã viajamos e espero que estejamos todos saudáveis, que é o mais importante, para seguir lutando pelo título do Brasileirão", concluiu.

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