10 anos do 7 a 1: Vai voltar a dar match? Ações buscam reaproximar Seleção da torcida

Campanhas da CBF e de torcedores são o gol de honra brasileiro na série do Lance!: 7 a 1

8 jul 2024 - 16h34
(atualizado às 16h40)

A Seleção Brasileira sempre foi um dos maiores orgulhos do brasileiro, um fator de unidade nacional. Mas o longo tempo sem conquistar uma Copa do Mundo, o último título foi em 2002, e os repetidos fracassos, sendo o principal deles o 7 a 1 para a Alemanha, afastaram o torcedor da Seleção. Para tentar mudar essa situação, a CBF e o Movimento Verde e Amarelo têm promovido ações dentro e fora de campo.

Torcida se afastou da Seleção ao longo dos anos
Torcida se afastou da Seleção ao longo dos anos
Foto: Lance!

Além do jejum de títulos, falta a identificação dos torcedores com os jogadores da Seleção, já que a maioria joga fora do Brasil e muitos são desconhecidos de grande parte da população, o que esfria a relação com a equipe. Uma das ações da CBF visa justamente reacender a paixão do brasileiro pela Seleção de olho nessa reaproximação com a Amarelinha. A campanha "Brasil para Todos", em parceria com a Nike, estampa o uniforme atual da Seleção.

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A CBF também realiza campanhas destinadas às minorias, com ações, por exemplo, de combate à homofobia e ao racismo, como nos casos recentes envolvendo Vini Jr. Recentemente, a entidade lançou a campanha "This is Brasil" para a Copa América nos Estados Unidos. A ação busca ampliar a conexão da Seleção com o povo brasileiro. No vídeo da campanha, a letra "S" é utilizada como símbolo do espírito do país, representando, segundo a CBF, o sorriso, o samba e a ginga que caracterizam nossa cultura.

Trabalho de longo prazo

Para Bruno Brum, CMO da End to End, hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo, essas ações, a longo prazo, ajudarão a restabelecer a conexão com os torcedores. A agência, juntamente com a CBF, implementou, na última Copa do Mundo, o Zap do Canarinho, ativação feita para que os fãs pudessem interagir com o mascote do Brasil via WhatsApp ao longo da competição, com a possibilidade de obter informações sobre as partidas e receber conteúdos exclusivos.

- Temos acompanhado nos últimos anos uma série de iniciativas da Seleção para se mostrar atenta e conectada com o que é importante para o torcedor. Essa recuperação do interesse não é algo que se resolve no curto prazo. É muito positivo que a CBF tenha iniciado um caminho nessa direção e é fundamental que se mantenha com consistência para que isso resulte nessa reaproximação - afirma o executivo.

MVA une apaixonados pela Seleção

O Movimento Verde Amarelo, criado em 2008, também desenvolve uma série de ações para atrair o torcedor de volta aos estádios. Luiz Carvalho "Vasco", fundador e diretor executivo do MVA, explica que a organização surgiu com uma junção de apaixonados pela Seleção e pelo esporte brasileiro em geral que queriam dar uma parcela de contribuição para a mudança de cenário da torcida brasileira.

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- Tem muita gente que continua com essa paixão, mas sem dúvida há muitas pessoas que estão desconectadas da Seleção. São diversos fatores, mas o principal é a falta de um título mundial - analisa.

Vasco admite que a reaproximação é muito difícil, porque depende de diversos fatores.

- Especialmente quando você pensa no público em geral e até mesmo na própria imprensa, que propaga esse afastamento como se fosse um decreto final. E a gente sabe que isso já aconteceu outras vezes na nossa história e a coisa virou, especialmente quando o Brasil foi campeão - afirma.

A organização também está atenta à questão da inclusão e promove ações para aumentar a representatividade da torcida.

- A Seleção se tornou uma coisa mais cara, mais exclusiva, e o MVA tem uma área que pensa em inclusão e representatividade, com ações voltadas para o desenvolvimento de novos torcedores em comunidades, como um piloto que acontece no Morro do Turano (complexo de favelas na Zona Norte do Rio) e um grupo de mulheres, o Elas do MVA - diz.

Apesar de tudo, a Seleção ainda desperta emoções no povo brasileiro quando entra em campo, seja onde for. Se voltarmos 10 anos no tempo, pode representar o gol de honra de Oscar, aos 45 minutos do segundo tempo do traumático 7 a 1 para a Alemanha. O placar ainda está desfavorável, claramente, mas o Brasil tem elementos dentro e fora de campo para cultivar esperança.

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- Ainda há milhões de pessoas apaixonadas que vivem essa magia da Amarelinha - ressalta Vasco.

Os oito gols do especial 10 anos do 7 a 1 do Lance!

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