Após vaias, Dilma senta ao lado de Marin e vibra com vitória

15 jun 2013 - 18h51
(atualizado em 16/6/2013 às 00h40)
<p>Dilma ficou ao lado de Joseph Blatter e José Maria Marin durante toda a partida entre Brasil e Japão</p>
Dilma ficou ao lado de Joseph Blatter e José Maria Marin durante toda a partida entre Brasil e Japão
Foto: Getty Images

Vaiada pelo público que lotou o Estádio Nacional Mané Garrincha ao anunciar o início da Copa das Confederações, a presidente da República, Dilma Rousseff, assistiu à estreia brasileira - vitória por 3 a 0 sobre o Japão - entre o presidente da CBF e do COL, José Maria Marin, e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter.

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A composição da tribuna de honra da evitou uma saia-justa para Marin, que tenta se aproximar de Dilma desde que assumiu o cargo. A presidente nunca recebeu o mandatário para uma reunião particular, mas vê uma recente aproximação do chefe da CBF com lideranças petistas.

Na última sexta-feira, Marin foi condecorado pelo governado do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, e no começo da semana participou de homenagem a Joseph Blatter na Câmara com presença de muitos petistas. Neste sábado, existia a expectativa de que, ao aparecer publicamente ao lado de Dilma, o relacionamento seria menos protocolar do que das últimas ocasiões.

Antes do jogo, Marin teve pouco contato com a presidente. O cartola chegou ao Estádio Mané Garrincha por volta das 12h (de Brasília) para recepcionar os presidentes de federações e clubes, convidados para a abertura com todas as contas pagas. Dilma entrou na sala vip quando faltavam apenas 35 minutos para o início da partida, depois de encerrada a cerimônia de abertura.

Os dois logo se prepararam, ao lado de Blatter, para o discurso que antecedeu a entrada dos times em campo. Enquanto Dilma e o presidente eram vaiados, Marin, ao lado da presidente, não apareceu em nenhum momento no telão do estádio e escapou das vaias.

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Ao subirem à tribuna, a mesma composição do discurso foi mantida, com Dilma ao meio de Blatter e Marin. A reportagem do Terra acompanhou os 10 primeiros minutos do segundo tempo em uma posição em que conseguia observar a reação do trio, presente na primeira fileira.

Depois de chegarem separados por um espaço próximo de um minuto e em seus lugares, não deu tempo nem de puxar conversa. Paulinho logo fez um gol bastante comemorado por Dilma, aparentemente refeita da decepção pelas vaias recebidas. Os dois se olharam e vibraram erguendo os punhos, mas não chegaram a se cumprimentar.

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Após a partida, cada um seguiu seu rumo. Dilma voltou para o Palácio da Alvorada e Marin se preparou para a viagem até o Rio de Janeiro, onde acompanha Itália x México no Maracanã.

Desde que passou a ser alvo de protestos e críticas, principalmente por polêmicas de seu passado, Marin contratou um assessor para cuidar de sua imagem, não tem divulgado sua agenda e tem escolhido a dedo os momentos para aparecer nos holofotes.

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A principal crítica dos acusadoresde  Marin está relacionada ao período da ditadura militar, quando, em discurso na Câmara dos Deputados de São Paulo, teria defendido medidas contra a TV Cultura. Dias depois, o jornalista da emissora Vladimir Herzog foi preso e torturado até a morte. Vale lembrar que Dilma Rousseff fazia partes de grupos que combatiam a ditadura na época, e também chegou a ser torturada.

Fonte: Terra
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