Um dos prováveis candidatos para a presidência da CBF, Reinaldo Carneiro Bastos disse que seria bom se a entidade fizesse uma eleição com voto secreto para decidir o novo mandatário. O dirigente é o atual presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e aparece como um dos cotados para substituir Ednaldo Rodrigues. O outro provável candidato é Flavio Zveiter, ex-presidnete do STJD.
Aliás, a declaração de Bastos acabou sendo feita em reunião com representantes de clubes de futebol na terça-feira (26). Em conversas neste encontro, o presidente da FPF disse que é a favor da votação aberta, mas não nesta eleição.
"A Fifa, em nenhum momento, vai falar para país nenhum qual é a regra do jogo que deve ser feita para ter eleição. Sobre o voto aberto, eu sou a favor. Nesta eleição, não é bom para a gente. Nós temos 4 ou 5 pessoas que estão lá chantageadas", disse Bastos, na reunião.
Ainda segundo Bastos, alguns representantes estão sendo chantageados e desistiriam de votar no candidato, caso a votação seja aberta. Ele afirmou que Mauricio Ettinger, presidente do Paysandu, e Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol, estariam sofrendo pressão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
Como funciona a eleição na CBF
Atualmente, para concorrer, o candidato precisa do apoio de oito federações estaduais e cinco clubes. É aí que entra a negociação para ganhar aliados, já que do outro lado Ednaldo Rodrigues também trabalha nos bastidores. Em relação aos clubes, o dirigente da FPF tem boa relação com muitos deles, principalmente os de São Paulo, evidentemente. Já Zveiter conta com o apoio da maioria das federações, dos quatro grandes de Sção Paulo e do Bragantino. Porém, como o interventor da CBF José Perdiz ainda não convocou as eleições, prevista patra janeiro, as chapas não são oficiais.
Ednaldo tinha o apoio de Reinaldo, mas viu o aliado pular do barco quando Rodrigues se juntou a Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF. Ele é rival de Carneiro Bastos, o que fez o dirigente decidir pelo embate na disputa do cargo máximo da principal entidade do futebol brasileiro.
Relembre o caso
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) depôs Ednaldo Rodrigues do cargo no dia 7 de dezembro. Em seu lugar, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), entrou como interveniente. O TJ-RJ determinou que a CBF passasse por novas eleições em 30 dias úteis, em prazo que se iniciou no dia 12 de dezembro.
Em paralelo a isso, Ednaldo Rodrigues entrou na Justiça com um recurso para anular a decisão do TJ-RJ. Enquanto o imbróglio não se resolvido, José Perdiz segue à frente da CBF, mas garantindo interferência mínima.
Fifa e Conmebol estão interessadas no assunto e disseram que nenhuma decisão deve ser tomada até uma visita das duas entidades, prevista para o início de janeiro. No pior dos cenários, a CBF pode acabar sendo punida, bem como os clubes e o futebol brasileiro no geral.
Vale citar que nesta sexta-feira, Carlo Ancelotti, que o presidente deposto Ednaldo Rodrigues deu como certo como comandante da Seleção a partir de junho, renovou com o Real Madrid até 2026.
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