O presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por trinta dias pelo Conselho de Ética da entidade após denúncias de assédio moral e sexual. Neste período, a confederação será presidida pelo vice-presidente mais velho da entidade, o Coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, mais conhecido como Coronel Nunes, de 82 anos. O militar comandou a CBF interinamente durante a Copa do Mundo na Rússia.
Coronel Nunes chegou à presidência da CBF pela primeira vez em 2016, com a licença do ex-presidente da entidade Marco Polo Del Nero - que depois seria punido pela Fifa, causando a permanência de Nunes no cargo até a eleição de Rogério Caboclo, em 2019.
Neste período, Nunes ganhou fama após depois de quebrar um acordo com a Conmebol na votação para o país-sede da Copa do Mundo de 2026. Em vez de votar pela candidatura de Estados Unidos, Canada e México, o presidente da CBF votou, "por conta própria", no Marrocos, país no norte da África.
"Os Estados Unidos já sediaram uma vez, né? O México vai para a terceira Copa. Eles [o Marrocos] nunca foram sede de uma Copa. Então, por isso, fiz essa escolha", justificou Coronel Nunes após a surpresa do voto brasileiro.
Coronel Nunes é torcedor do Paysandu e foi presidente da Federação Paraense de Futebol. O dirigente também foi um dos depoentes na CPI do Futebol, que investigou irregularidades na CBF durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Em entrevista ao LANCE! em 2015, o militar afirmou que não acredita que exista corrupção no futebol e também elogiou o lateral Yago Pikachu.
"Da maneira como ele joga, como chuta e faz gol, nunca vi um lateral-direito entrar dentro da área cortando da direita para a esquerda, fazendo gol com o pé canhoto", disse Coronel Nunes.
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