Em reunião na tarde desta segunda-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com os clubes da Série A, o presidente Marco Polo del Nero disse que não vai renunciar ao cargo na entidade. Segundo informações obtidas pelo Terra, ele afirmou que não cometeu nenhuma ilegalidade e que, por isso, não teria motivo para tomar tal decisão.
Del Nero pediu apoio aos dirigentes dos clubes e abriu o encontro informando que se ofereceu espontaneamente para ir a Brasília nesta terça, às 14h, a fim de ser sabatinado por deputados e senadores. Ouviu de vários presidentes de clubes que não há nada que o implique. "Não há nada, nenhuma prova contra ele. Não se cogita renúncia", declarou o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar.
"Não tem como. Existe algo concreto contra o presidente Del Nero? Não existe", reagiu o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan. Na semana passada, um dos vice-presidentes da CBF, Delfim Peixoto, disse ao Terra que Del Nero estava preparando a renúncia.
Del Nero trabalhou durante três anos em parceria com José Maria Marin no comando da entidade. Foi o vice de 2012 até abril de 2015, quando assumiu a presidência e viu Marin ser eleito como vice.
Marin foi preso há duas semanas em Zurique, em uma operação conjunta do FBI e da polícia da Suíça. Pesam contra ela denúncias de que teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas para acordos de venda de direito de transmissão de torneios de futebol.