Um grupo de estelionatários que se passava pelo técnico Dorival Júnior, da Seleção Brasileira, se tornou alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio nesta quinta-feira (12). Os golpistas usavam tecnologia para burlar vozes de pessoas ligadas ao futebol.
Denominada Operação Mascarado, a ação cumpre três mandados de busca e apreensão em sete endereços em Itaperuna. O chefe da quadrilha que aplicava golpes em jogadores, Lucas de Oliveira Eduardo, já tem passagens na polícia por estelionato.
Lucas de Oliveira Eduardo acabou detido nesta manhã (12) por tentativa de fraude eletrônica. O criminoso deverá cumprir pena de cinco anos sem fiança pelo delito. Natural de Minas Gerais, o rapaz morava em Itaperuna há anos.
"As buscas realizadas hoje visam apreender materiais em seu poder e na casa de outras pessoas investigadas. Portanto, temos o intuito de esclarecer todos os detalhes deste esquema criminoso", diz a nota da polícia.
A investigação
Criminosos burlavam áudios com a voz de pessoas ligadas ao futebol, caso de Dorival Júnior, para passar golpes para companheiros do meio esportivo. A investigação aponta que o grupo se passavam por nomes relevantes para pedir doações a jogadores e treinadores. Em casos, eles pediam dinheiro para auxiliar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A Operação Mascarado busca apreende materiais relacionados ao líder da quadrilha e outros acusados, com intuito de esclarecer detalhes do esquema. O Departamento-Geral da Polícia da Capital (DGPC), DG de Polícia do Interior (DGPI), da 19ª DP (Tijuca) e da 143ª DP (Itaperuna), estão à frente da ação.
A 2ª Vara da Comarca de Itaperuna expediu o cumprimento das ordens de busca e apreensão. Sendo assim, os policiais tiveram acesso a dispositivos eletrônicos para análise e elucidação das investigações.
Áudios de Dorival Júnior
Dois jogadores se tornaram vítimas do golpe ao caírem na armadilha dos golpistas com mensagens no WhatsApp de um perfil supostamente de Dorival Jr. O grupo enviou áudios com a voz do treinador da Seleção solicitando doações para ajudar o RS após as graves enchentes.
Após as doações, o grupo mantinha o contato incentivando que as pessoas gravassem vídeos incentivando a doação. Um movimento para dar ainda mais credibilidade entre os alvos e, consequentemente, facilitando a ação.
Elias, ex-jogador do Corinthians e Flamengo, também teve um perfil fake criado pelos golpistas. A ação envolvendo o atleta solicitava doações para auxiliar no tratamento de uma criança com uma doença rara. Casemiro chegou a receber o contato, mas não fez depósito. À época, em 2022, o atleta registou um boletim de ocorrência ao tomar conhecimento do caso.
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