O atacante Fred se disse preocupado com as manifestações que devem ocorrer em Belo Horizonte nesta quarta-feira, dia de confronto entre Brasil e Uruguai, pela semifinal da Copa das Confederações. A capital de Minas Gerais deve receber uma das maiores manifestações dos últimos dias, mas existe o temor de novo confronto com a polícia.
"Sou a favor dos protestos, o povo é sofrido e reinvidica coisas justas. Mas vandalismo não é legal, somos contra. Esperamos que seja manifestação pacífica. Que não tenha quebra quebra, confrontos com a PM", definiu o atacante, em entrevista no Hotel Ouro Minas nesta terça-feira, local onde a delegação brasileira está hospedada.
Belo Horizonte recebeu diversas manifestações nos últimos dias. A pior delas foi no sábado, quando 125 mil pessoas foram às ruas e uma minoria delas entrou em conflito com a PM. Mais de 20 foram presas, dezenas ficaram feridas e alguns estabelecimentos comerciais foram destruídos.
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Na ocasião, Japão e México se enfrentaram no Estádio do Mineirão - local do duelo desta quarta - e acompanharam 70 mil manifestantes do lado de fora da arena exigindo por seus direitos. As reclamações maiores iam desde os gastos excessivos da Copa do Mundo até PEC 37 e "cura gay".
Nesta quarta, por ser dia de jogo da Seleção, portanto, a expectativa é que o protesto tenha impacto ainda maior. A prefeitura decretou feriado, e a população se movimenta nas redes sociais para deixar a manifestação ainda maior. Contudo, o medo de que novos episódios de vandalismo ocorram é grande por parte das autoridades locais.
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"A previsão é de manifestação bem forte, isso deixa preocupado. Mas como estamos aqui representando a Seleção em um jogo importante, pedimos que todos estejam unidos com a Seleção e façam um canto só de empurrar a Seleção para podermos dar alegrias a eles pelo menos nesses 90 minutos", concluiu Fred.
Lojistas se previnem contra manifestações em Belo Horizonte; veja:
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Belo Horizonte é uma das regiões do Brasil em que a onda de protestos ganhou muita força nos últimos dias. Com a novidade, alguns atos de vandalismo também deixaram marcas pela cidade, especialmente em agências de banco e concessionárias. Alguns comerciantes já estão se prevenindo contra novas ações
Foto: Ricardo Matsukawa
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Novas ações são esperadas para amanhã, dia em que a cidade recebe a disputa entre Brasil e Uruguai no Mineirão
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A agência bancária usou tapumes, que foram pichados
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Esta concessionária também usou tapumes para se proteger; no último sábado, houve confronto com a polícia e quase 30 pessoas acabaram feridas
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No mesmo dia, a banda Jota Quest, que faria um show na cidade, cancelou a apresentação em apoio aos protestos
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As manifestações começaram como uma mobilização contra os preços das tarifas do transporte no Brasil
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No entanto, em muitas cidades houve ações violentas de grupos menores, caracterizados como vândalos
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Depredação de prédios públicos ou privados foram algumas das ações praticadas pelos vândalos
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No sábado, dia que em que a cidade recebeu a disputa entre Japão e Brasil, milhares de pessoas saíram em passeata
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Além dos preços das tarifas, manifestantes criticam também os valores investidos e os possíveis desvios de recursos públicos na construção dos estádios para a Copa das Confederações
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Neste prédio, trabalhadores protegem a fachada de vidro com tapumes
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Nesta agência bancária, apenas a passagem para clientes ficou à mostra
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Vidros quebrados mostram a depredação que resultou da ação dos vândalos
Foto: Ricardo Matsukawa
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Os comerciantes temem novos ataques de vandalismo no dia da disputa entre Brasil e Uruguai
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Apesar do protesto de sábado, os torcedores que foram ao Mineirão chegaram ao estádio sem complicações
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A onda de protestos que vive o País é considerada como uma das maiores movimentações populares brasileiras dos últimos 20 anos
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Outros temas que estão na pauta dos manifestantes é a indignação com relação à Constituição (PEC) 37 - que tira o poder de investigação do Ministério Público
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Alguns também reclamam de Renan Calheiros na presidência do Senado
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Apesar de toda a movimentação, os atos de vandalismo têm sido classificados como ações isoladas de vandalismo
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As pichações também são algumas das marcas que ficaram pela capital mineira como resultado das ações
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"Povo livre", exige uma das frases, em protesto contra a violência durante as manifestações
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A PEC 37 aparece como uma das maiores indignações dos manifestantes
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A insatisfação contra o transporte público foi o principal motivador das manifestações
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A Polícia acabou sendo alvo da indignação popular, devido aos confrontos que deixaram diversas pessoas feridas
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A comoção popular levantou diversos debates no País
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A presidente Dilma prometeu reforma política em resposta às manifestações
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Os investimentos para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo foram questionados
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A Fifa também foi alvo nas pichações
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No lugar de investimentos nos estádios, as pessoas exigem mais atenção às áreas de saúde e educação
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A Polícia Militar foi chamada de covarde nesta pichação
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Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas para coibir a ação dos manifestantes
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Até mesmo os novos tapumes que estão espalhados pela capital mineira foram pichados
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O governo Dilma foi bastante criticado entre os manifestantes em diversas partes do País
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"Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente em discurs
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Até o ex-presidente Lula citado nas pixações
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A presidente defende a democracia, mas os atos de vandalismo tem sido rejeitados em decorrência dos atos de violência
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A expressão "Anti Copa" reflete a insatisfação com relação à qualidade dos serviços públicos