Apesar do 0 a 0, a Seleção brasileira encheu os olhos do torcedor com sua atuação na noite dessa terça (16) contra a Argentina, fora de casa, pelas eliminatórias do Mundial do Catar. Principalmente pelo desempenho do trio de ataque, formado por Vinícius Jr, Raphinha e Matheus Cunha.
Os três deram um dinamismo ao setor que há muito não se via na Seleção – Antony entrou no segundo tempo e manteve o alto nível de desempenho do ataque.
Sem Neymar, que acusou incômodo na coxa depois de duas festas que vararam a madrugada, a Seleção encantou com jogadas de muita elasticidade e raro talento. No primeiro tempo, Matheus Cunha viu o goleiro argentino adiantado e do meio de campo tentou encobri-lo. Por pouco não fez o gol que Pelé também tentou fazer no Mundial de 1970.
Já na etapa final, Vinicius Jr, sem espaço, quase encostado na bandeirinha de escanteio, deu um drible chamado de carretilha no defensor adversário e, na sequência, o Brasil quase abriu o placar.
Essas e outras peripécias se deram em San Juan, num estádio que funcionou como um alçapão, com a torcida bem próxima do campo e pressionando os brasileiros o tempo todo. Nada disso intimidou o time dirigido por Tite.
Agora o técnico vai ter alguns meses para saber o que fazer com Vinicius Jr, Raphinha, Matheus Cunha e Antony. Já há um clamor para que os quatro integrem a equipe no Mundial, ao lado de Neymar e Richarlison. Sobrariam Gabriel Jesus, Gabigol e Firmino. Isso, por enquanto, é só especulação. Mas, no futebol, as coisas mudam, muitas vezes, com rapidez.