A Seleção Brasileira fez história na noite dessa terça (29) em La Paz. Obteve o placar mais elástico em seus jogos contra a Bolívia na capital do país vizinho, 4 a 0, e bateu recorde, que pertencia a Argentina, de soma de pontos – fez 45 - em eliminatórias sul-americanas de Copa do Mundo. Talvez mais importante que tudo isso, no entanto, tenha sido a constatação de que a equipe se livrou da dependência de Neymar para seguir seu rumo.
O atacante não jogou por ter recebido o terceiro cartão amarelo na goleada anterior, contra o Chile, no Maracanã, também por 4 a 0. E não fez falta, tal o desempenho dos jovens talentos que deram um show de bola: Antony, Bruno Guimarães, Gabriel Martinelli e Richarlison.
Tem sido assim nas últimas partidas da Seleção. Neymar, quando presente, acaba ofuscado pela vontade, aplicação e técnica de vários jogadores que já se destacam na Europa e ganharam espaço rapidamente com o técnico Tite nos meses finais de 2021 e neste início de 2022.
Raphinha e Vinícius Jr, outros que não atuaram nessa terça, mudaram totalmente a feição da Seleção e estão mais do que garantidos no grupo que disputará a Copa do Catar, a partir de novembro. Ao lado deles, Antony é outro que vem voando.
Eles deixaram Gabigol, Gabriel Jesus e Roberto Firmino para trás e já dividem o protagonismo do time do Brasil com Neymar. A observação do narrador Galvão Bueno, da TV Globo, durante a transmissão da vitória sobre a Bolívia, não se trata de uma bravata: está baseada em fatos e dados: “Acabou a Neymar-dependência na Seleção.”